Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, o Tribunal do Júri condenou nesta quinta-feira, 17 de novembro, um membro de uma organização criminosa a 19 anos e 3 meses de prisão pelo homicídio de um integrante de facção rival. O crime ocorreu em 2 de outubro de 2021, quando três homens atacaram a vítima de madrugada em sua casa, executando-a com mais de 30 tiros de fuzil, espingarda e pistola.
Os três réus tiveram os processos desmembrados. Além da condenação desta semana – quando o Conselho de Sentença acatou todas as teses do Ministério Público, considerando o homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) –, outro réu já havia sido condenado em 9 de agosto à pena de 25 anos de reclusão, também por homicídio triplamente qualificado, com as mesmas qualificadoras. O terceiro réu ainda aguarda julgamento.
[RELACIONADAS]
A denúncia foi apresentada pela 10ª Promotoria de Justiça da comarca, num contexto de crescente violência na cidade, provocado desde 2020 pela disputa entre duas facções criminosas rivais pelo comando do tráfico de drogas na região. A situação levou inclusive à deflagração da Operação Pax pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em julho deste ano, para coletar elementos de prova sobra a guerra de facções em Ponta Grossa – a operação levantou dados importantes sobre o caso, inclusive quanto aos homicídios relacionados à disputa entre os grupos criminosos.
Relembre o caso
O Ministério Público do Paraná – por meio de núcleo de Ponta Grossa (nos Campos Gerais do estado) do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – e a 3ª Subdivisão Policial da Polícia Civil realizaram nesta terça-feira, 28 de junho, a Operação Pax, visando desarticular uma organização criminosa armada supostamente responsável por tráfico de drogas e armas e por diversos homicídios. No âmbito da operação, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária (outros três alvos dos mandados de prisão continuam foragidos) e buscas e apreensões em nove endereços, incluindo um em São Paulo. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª e pela 2ª Varas Criminais de Ponta Grossa. Houve uma prisão em flagrante por posse de arma de uso restrito e foram apreendidos telefones celulares, armas, documentos e dois veículos.
A ação executou ainda um mandado de suspensão das funções contra um policial militar suspeito de auxiliar o grupo criminoso com o fornecimento de informações privilegiadas e sigilosas, contribuindo para o tráfico e as mortes. O policial também foi alvo de duas buscas e apreensões, cujos mandados foram expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar do Paraná, para cumprimento pelo MPPR com apoio da Corregedoria da PM.
Investigações – As investigações, iniciadas em março de 2022 pelo Gaeco e corroboradas por inquéritos da Polícia Civil, indicam que vários homicídios e tentativas de assassinatos ocorridos em Ponta Grossa em 2021 e 2022 estão relacionados a um conflito entre facções criminosas que disputam o mercado de drogas na região. Para a execução dos crimes, os criminosos utilizaram armas de calibres restritos, como fuzis e pistolas 9 mm.
Dentre os homicídios suspeitos de serem determinados e executados pela facção, está o de uma advogada assassinada em março deste ano. A disputa territorial teria sido responsável pelo aumento expressivo dos crimes dolosos contra a vida na região de Ponta Grossa em 2021 e 2022.
Argentinos abriram 2 a 0 de vantagem nos 20 minutos iniciais da final
Na coluna desta semana, o pastor nos convida a refletir sobre onde estamos conectados e…
A abertura dos portões do Centro de Eventos acontece às 19h. Programação deste sábado (23)…
Os pais rapidamente socorreram o menino, que teve de ser encaminhado às pressas para uma…
Acidente que aconteceu na noite desta sexta-feira (22), no trecho entre Castro e Piraí do…
Chegada do 'Bom Velhinho' faz parte da programação especial do Natal Encantado da ACIPG, que…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade