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Hora feliz, por Renata Regis Florisbelo

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Alguém disse que aquela hora seria feliz, depois de um dia de intenso trabalho. E teria sido tão ruim para precisar se esbaldar em derradeiros instantes de alegria? Tenho visto a hora feliz carregar outras atribuições, outros intentos… O chefe que chama a equipe para este momento. Convite irrecusável e tem gente que usa o momento feliz para agradar e até dissimular quando nem era bem aquilo que sempre quis. Talvez, junto ao chefe, fosse até um momento infeliz, não fosse o foco no contracheque a ser engordado, agora sim, uma possibilidade feliz. Talvez o serviço nem seja tão bem feito, desde que a cerveja e a conversa fiada se mantenham na rotina. Também as risadas a serem dadas pelas piadas mal contadas possam exigir atenção como quem se mantém em plena jornada. Já vi gente ruim de tudo, até de ser companhia para a hora engraçada. Contudo sempre pode haver um chefe que se satisfaça com alegria mal disfarçada. Ufa, uma hora feliz pode ser duramente trabalhada!

Autoria: Renata Regis Florisbelo

Renata Regis Florisbelo

É escritora, autora de 16 livros (o 17º já esta em trabalho de parto) e catalisadora cultural. Divulga poemas curtos, diariamente, nas redes sociais desde 2014. Tem mais de 690 textos publicados nos veículos de comunicação dos Campos Gerais, incluindo os vídeos com leituras interpretativas autorais produzidos para o BNT. É integrante da Academia de Letras dos Campos Gerais, do Centro Cultural Professor Faris Michaele (atual presidente), da Academia Ponta-grossense de Letras e Artes, do Centro de Letras do Paraná e patronesse da Academia de Letras do Centro do Paraná. Encontra na arte seu nicho por onde desvelar seu melhor olhar para o mundo.