8.282. Esse foi o número de procedimentos cirúrgicos que os Hospitais Universitários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) realizaram em 2024 até o dia 15 de dezembro – um novo recorde em seus 14 anos de história. Além do HU, estão contabilizadas as cirurgias realizadas no Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai), importante com as cirurgias pediátricas, e também os partos cesarianos.
Em 2024, ao todo, entre cirurgias de alta e média complexidade e atenção básica, foram realizados 7.097 procedimentos, além de 1.185 cesáreas, totalizando 8.282 cirurgias. Foram feitos também 1.503 partos normais. Em 2023, foram realizados 7.912 procedimentos cirúrgicos, enquanto que em 2022 foram 7.007. Isso representa um aumento de mais de 18% em dois anos.
A diretora-geral dos HU-UEPG, professora Fabiana Postiglioni Mansani, comemora os números expressivos. Segundo ela, a direção atua em conjunto com as equipes específicas nos últimos dois anos para otimizar a utilização dos Centros Cirúrgicos e ampliar o número de cirurgias. “Em 2024 foi possível atingir números inéditos na história dos HUs. Resultado de um alinhamento dos processos e das equipes, aliado à eficiência da gestão. Um orgulho sermos hospitais exclusivamente SUS e passarmos a ser exemplo de atuação em prol da comunidade”.
Fabiana diz ainda que o aumento do número de cirurgias realizadas tem fundamental importância para que se consiga atender os pacientes que estão aguardando nas filas de espera, que foram geradas pela pandemia do Covid-19, já que, nesse período, o HU-UEPG atendeu exclusivamente pacientes com essa doença.
Quem também enalteceu os números de cirurgias realizados nos HU-UEPG em 2024 foi o diretor técnico, o médico Marcelo Rezende Youngblood. Para ele, a quantidade de procedimentos cirúrgicos é reflexo de um bom trabalho em equipe, que já acontecia até mesmo antes de ele assumir o posto, em julho deste ano, para otimizar o fluxo das cirurgias. “Foram feitas algumas mudanças de processos no Centro Cirúrgico para poder conseguir esse resultado. Representa o trabalho de muitas pessoas: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe de zeladoria, gestores, entre outros. Todos se organizaram pra conseguir esse resultado”. Para 2025, Youngblood acredita que é possível aumentar ainda mais os números de cirurgias a partir de um novo edital para a contratação de profissionais especializados em anestesiologia e da otimização da atividade dos cirurgiões, por exemplo.
Investimento em novos equipamentos impulsionam recorde de cirurgias no HU
Esse marco quantitativo no número de cirurgias dos HU-UEPG não foi por acaso. Novos equipamentos, reorganização das atividades do setor e uma equipe alinhada e motivada contribuíram bastante. Quem garante é a coordenadora do bloco cirúrgico do HU, a enfermeira Karolline Dote Fernandes. Segundo ela, trata-se de um marco positivo para o hospital e todo o sistema de saúde, além da execução do trabalho ser realizada com comprometimento e responsabilidade.
Karolline comenta também que o início do mutirão de cirurgias ortopédicas em novembro contribuiu com os números. Isso porque os procedimentos são realizados aos finais de semana e não comprometem a agenda do centro cirúrgico que, no período, realiza apenas cirurgias emergenciais. “Nesses 20 dias de mutirão, 95 pacientes foram operados e no próximo final de semana mais 12 cirurgias estão marcadas”, destaca. “Está sendo um novo marco para o centro cirúrgico esses procedimentos. Vimos que conseguimos realizar e ter qualidade e humanização nesses cuidados. Para isso foram realizadas reuniões com as equipes multiprofissionais para que tudo saísse como planejado. Então estamos cada vez mais unidos em realizar essas cirurgias que são, na maioria das vezes, de alta complexidade como, por exemplo, próteses de quadril, joelho e demais que não foram executadas antes por conta da pandemia”.
Por fim, a coordenadora do centro cirúrgico do HU afirma que a equipe entende que precisa manter o ritmo que já foi conquistado, promovendo um cuidado com ainda mais qualidade e segurança. “Estamos orgulhosos e empolgados, queremos que o centro cirúrgico do HU-UEPG e toda equipe continuem nesse pique, assim nossa população consegue ser bem atendida”.
Humai-UEPG contribuiu significativamente com o recorde de cirurgias
Parte importante dos Hospitais Universitários da UEPG, o Hospital Materno-Infantil também contribuiu com o aumento no número de cirurgias realizadas em 2024. A coordenadora do Centro Cirúrgico do Humai, Danielle Ritter Kwiatkoski, destaca que o o mutirão de cirurgias do HU e as cirurgias pediátricas inéditas durante o ano demonstram a soma de esforços entre as diferentes áreas de atendimento para beneficiar os pacientes que tanto esperam e precisam dessas cirurgias. “Esses esforços reforçam o compromisso que todos nós, nas diferentes Coordenações, temos com a assistência”.
O Humai atende todas as necessidades cirúrgicas da obstetrícia no risco habitual e intermediário; realizando as cesáreas, partos normais, curetagens, laparotomias por gestação ectópica (incisão cirúrgica na parede abdominal quando o embrião se implanta fora do útero), cerclagens (procedimento para evitar o parto prematuro e abortos tardios), laqueaduras, rafias de lacerações e drenagens de mamas.
Além disso, o Humai realiza cirurgias pediátricas eletivas, urgências e as emergências, tendo como as principais especialidades atendidas: ortopedia pediátrica, otorrinolaringologia (amigdalectomia, adenoidectomia, retirada de corpo estranho, entre outras), cirurgia pediátrica geral (apendicectomia, postectomia, hérnias inguinais, gastrostomia, traqueostomia, cauterizações, drenagem de tórax, entre outras); hematologia; neurocirurgia (DVP e DVE); odontologia e a cirurgia plástica. Segundo Danielle, houve um aumento significativo nas médias de cirurgias em 2024 de 250 a 300 todos os meses, além do aumento da complexidade de procedimentos nunca antes realizados. Ela cita o caso da pericardiectomia, um procedimento cardíaco de quase 10h realizado com sucesso no Centro Cirúrgico do Humai.
“Há 14 anos servidora pública deste gigante hoje chamado Hospital Universitário, só tenho a agradecer todo o apoio das direções por toda tecnologia e melhorias destinadas ao nosso centro cirúrgico, pois as novas aquisições e investimentos trouxeram uma melhoria e segurança considerável para o nosso dia a dia na assistência. Que em 2025 possamos continuar com esse trabalho e com a perspectiva de ainda mais avanços nas cirurgias pediátricas, elevando ainda mais nossa qualidade de assistência”, finaliza Danielle.
As informações são da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
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