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IAP notifica e aplica multa de R$3,5 milhões a criminosos ambientais da região

No mês de abril, o Instituto Água e Terra (IAP) realizou uma fiscalização ambiental com o uso de um helicóptero e identificou 48 pontos de desmatamento em 11 municípios da região, totalizando 462 hectares desmatados, o equivalente a 462 campos de futebol. Os maiores trechos desmatados foram encontrados em Ortigueira e Castro, enquanto dois pontos estão localizados em Ponta Grossa.

De acordo com o chefe regional de Ponta Grossa do IAP, Ivan Loureiro, o processo de fiscalização é iniciado com o recebimento de alertas do MAP Biomas, que são imagens feitas por satélite e notificadas pela sede do IAP em Curitiba. O núcleo de inteligência elabora um laudo técnico que é enviado para as equipes de fiscalização em campo, que utilizam helicópteros para fazer a constatação.

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Foram lavrados 100 autos de infração, uma vez que em um mesmo ponto desmatado pode haver mais de uma infração, como o uso do fogo para desmatar e o fato de a área ser de proteção ambiental, por exemplo. A maior parte dos pontos desmatados foi destinada à expansão de pastos, incluindo locais situados em pontos bem altos, no topo de morros.

Ivan destacou também a importância da conservação e proteção da biodiversidade, além do manejo de solo correto pelos agricultores. “Existe a parte da conservação e proteção da biodiversidade, mas também existe a questão da proteção do agricultor, do pecuário com o manejo de solo correto, usando tecnologias que mostram que não precisa ter desmatamento para aumentar a produção. Não é à toa que o Paraná é exemplo no mundo como um dos principais fornecedores de alimento”, afirma Loureiro.

O acumulado de multas somente nesta fiscalização ultrapassa os R$ 3,5 milhões, além da responsabilização até mesmo criminal dos proprietários. “Essas áreas onde ocorreram esses danos ambientais estão automaticamente embargados para qualquer tipo de atividade econômica, então a área está isolada e esse infrator terá que replantar as áreas com espécies nativas, onde a gente prioriza as espécies ameaçadas de extinção e através do programa Paraná Mais Verde ele pode requerer essas mudas pelo Estado, para fazer o replantio dessas áreas”, finaliza o chefe do IAP.

 

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