O Instituto Água e Terra (IAT) concedeu neste mês a Autorização Ambiental que permite o início da construção e da operação de uma nova sede da Frísia Cooperativa Agroindustrial em Ponta Grossa, nos Campos Gerais.
A cooperativa vai instalar um barracão climatizado (câmara fria) de 4,1 mil metros quadrados em uma área no km 495 da BR-376, próximo à atual planta empresarial. O investimento é de aproximadamente R$ 20 milhões, com previsão de finalização da estrutura para julho de 2024. Não há estimativa de quantos postos de trabalho serão gerados.
No caso da autorização concedida à cooperativa, é permitido o início da obra, com serviços preliminares como limpeza do terreno, montagem de barracão, terraplanagem, escoamento das águas pluviais e demais ações estruturais necessárias para o funcionamento do empreendimento. Como a Frísia já possui a Licença de Operação, o empreendimento pode entrar em funcionamento logo após a conclusão da construção.
O complexo vai aumentar a capacidade de produção e de estocagem de sementes em cerca de 30%, garantindo ainda maior qualidade e segurança por meio da climatização.
A Frísia, por meio da Sementes Batavo, é parceira das principais detentoras de genética de soja e trigo do Brasil e tem uma capacidade de produção que chega a 800 mil sacas por ano.
Com quase um século de história, a Cooperativa Agroindustrial é a mais antiga do Estado e a segunda do Brasil, com unidades no Paraná e Tocantins. Em 2022, produziu 313 milhões de litros de leite, 1,1 milhão de toneladas de grãos, 75,7 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína, resultado do trabalho de 1.046 cooperados e 1.190 colaboradores.
POTENCIAL REGIONAL – Por causa do trabalho de cooperativas como a Frísia, o Paraná se tornou o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, de acordo com levantamento mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Produz aproximadamente 4,4 bilhões de litros por ano. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), apenas em 2021, a produção de leite gerou R$ 9 bilhões para o Estado.
A região dos Campos Gerais é uma das maiores bacias leiteiras do Brasil. Os municípios com maior produção na região são Carambeí, Castro e Arapoti, com sistema produtivo predominantemente via cooperativas. Entre as condições que favorecem o setor estão a eficiência dos produtores, base sólida, alta aderência em tecnologia e qualidade genética, além de suporte técnico especializado.
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