Conclusão
Após a análise detalhada, conclui-se que:
- Incompatibilidade do Carregador de Calibre .40 S&W: O carregador de calibre .40 S&W não é compatível com a pistola Glock G17, que é projetada para o calibre 9 mm. As diferenças nas dimensões, no encaixe e na funcionalidade tornam inviável o uso seguro e eficaz do carregador de .40 S&W na Glock G17.
- Riscos e Comprometimento da Operação: A utilização de um carregador de calibre .40 S&W em uma Glock G17 pode comprometer gravemente a operação da arma, resultando em falhas de alimentação, travamentos e outros problemas técnicos. Isso representa riscos significativos à segurança do operador e ao funcionamento adequado da arma.
Portanto, é essencial que apenas carregadores e munições do calibre 9 mm sejam utilizados na Glock G17, conforme as especificações do fabricante, para garantir a segurança, a eficiência e a integridade da arma durante o uso.
Encerramento
Este laudo foi elaborado com base nas normas técnicas e científicas aplicáveis, e
encontra-se à disposição do Juízo para eventuais esclarecimentos adicionais.
Perícia Realizada por: Ana Lúcia Clemente de Araújo, Perita Técnica Judicial
Data: 19 de agosto de 2024
Após a análise dos aspectos dimensionais, de encaixe e de compatibilidade técnica, a perícia concluiu que o carregador de calibre .40 S&W é incompatível com a pistola Glock G17, de calibre 9 mm, e seu uso pode comprometer gravemente a operação da arma.
CONTESTAÇÃO
Claudemir Ferreira do Nascimento, pai de Willian, contesta a versão dos policiais desde o dia dos fatos. Ele declara que a vítima era uma pessoa voltada ao trabalho e não era traficante de drogas, como ouviu de um policial, dias depois, quando esteve na delegacia.
“Eu estou investigando por conta própria”, disse ele ao Portal BNT
Com relação aos motivos do que ele chama execução de seu filho informa que “Willian teria filmado a ação com seu celular e, por isso, foi ameaçado pelos agentes. Mais tarde, quando voltava pra casa, o jovem foi perseguido pelos policiais, emboscado em um terreno da região e alvejado com pelo menos seis tiros, nos braços e nas costas (um deles à queima-roupa)”, o que desqualificaria confronto.
Durante a presença dos policiais no bar, segundo testemunhas, eles agiram de forma violenta, agredidno as pessoas e chegaram até adotar comportamento truculento com o proprietário do estabelecimento.
O celular dele, onde estariam as filmagens, nunca foi encontrado.
TERCEIRO ELEMENTO
A advogada Carolina Zampieri, representante da família de Lucas, afirmou que há indícios de um terceiro elemento envolvido no caso e levantou questões cruciais para a investigação. Segundo ela, é necessário esclarecer a diversidade de projéteis encontrados e verificar se houve envolvimento direto desse terceiro indivíduo. Carolina também questiona se a arma dessa pessoa foi devidamente apreendida pela polícia.
O Ministério Público acatou o pedido de realização de r novas diligências, incluindo uma descrição detalhada do local onde o corpo foi encontrado e a investigação do paradeiro do celular de Willian Lucas. O aparelho poderia conter registros de possíveis atos de violência policial durante as abordagens realizadas no bar, aspecto considerado essencial pela defesa para elucidar o caso.