Lula conclui visita ao Japão com ênfase em parcerias comerciais e questões globais

Na noite de quarta-feira (26), horário local, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração à imprensa em Tóquio, marcando o último dia de sua visita ao Japão. A atividade ocorreu na manhã da quinta-feira (27), no horário de Tóquio.

A comitiva do presidente chegou ao Japão na última segunda-feira (24), com o intuito de fortalecer parcerias comerciais na região asiática. A equipe de Lula identificou como crucial a diversificação das relações comerciais, especialmente em meio à atual tensão entre os Estados Unidos e a China, que são os dois maiores parceiros comerciais do Brasil.

No mesmo dia, Lula teve uma reunião produtiva com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, no Palácio Akasaka. Durante os discursos após o encontro, Ishiba expressou a intenção de aumentar os investimentos no Brasil e de estreitar as relações entre o Japão e o Mercosul. Por sua vez, Lula destacou a importância da colaboração entre as nações e defendeu um acordo entre Japão e Mercosul, além de abordar preocupações relacionadas à crise climática e ao conflito em Gaza.

Antes do encontro bilateral, ambos participaram de um fórum empresarial em Tóquio. Durante sua fala, Lula lamentou a diminuição nas trocas comerciais entre Brasil e Japão, que caíram de US$ 17 bilhões em 2011 para estimados US$ 11 bilhões em 2024. O presidente enfatizou a necessidade de um acordo econômico entre Japão e Mercosul: “Em um mundo cada vez mais complexo, é fundamental que parceiros históricos se unam para enfrentar as incertezas e instabilidades da economia global. Estou seguro de que precisamos avançar com a assinatura de um acordo de parceria econômica entre Japão e Mercosul”, afirmou.

Na terça-feira (25), Lula e sua esposa Janja foram convidados para um jantar oficial com o imperador Naruhito e a imperatriz Masako. Em seu discurso, o presidente elogiou os laços históricos entre Brasil e Japão e manifestou confiança no comprometimento do Japão com a COP 30.

De acordo com informações do governo brasileiro, a visita foi considerada uma “primeira categoria”, uma das mais altas honrarias diplomáticas concedidas no Japão, sendo realizada apenas uma vez por ano e incluindo audiência com o imperador.

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