Lula reage a tarifa dos EUA e promete medidas para proteger empresas brasileiras

Em resposta à recente decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma taxa de 10% sobre produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil adotará “todas as medidas necessárias” para defender seus interesses. O anúncio da tarifa foi feito na quarta-feira (2) pelo presidente americano Donald Trump, inserindo o Brasil em um contexto de tarifas elevadas que afetam diversos países.

Durante um evento chamado “O Brasil dando a volta por cima”, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, Lula reafirmou o compromisso do Brasil com o multilateralismo e o comércio livre. “Responderemos a qualquer tentativa de protecionismo que não se justifica no mundo atual”, afirmou o presidente.

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Lula enfatizou que o governo irá se pautar pela lei da reciprocidade econômica, recém-aprovada pelo Congresso Nacional, e pelas diretrizes da Organização Mundial do Comércio ao formular sua resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Ele destacou a importância de proteger as empresas e trabalhadores brasileiros diante dessa nova realidade comercial.

No evento, o presidente também fez um balanço das ações realizadas nos últimos dois anos, ressaltando os esforços para reerguer um país que, segundo ele, havia sido deixado em situação crítica pela administração anterior. “O Brasil está recuperando sua capacidade de sonhar e projetar seu futuro”, disse Lula, mencionando avanços em desenvolvimento social, inclusão, saúde e educação.

Ele reiterou a visão de um Brasil mais justo e menos desigual, que investe em saúde e educação de qualidade, além de respeitar sua soberania sem se submeter a outras nações. Lula anunciou ainda planos para expandir o programa Minha Casa, Minha Vida voltado à classe média e a implementação do sistema TV 3.0, que integra televisão aberta e internet.

A Presidência divulgou uma série de conquistas do governo entre 2023 e 2024. Dentre elas, destaca-se a recuperação da economia brasileira, que voltou a integrar o grupo das dez maiores economias do mundo, com crescimento do PIB estimado em 3,2% para 2023 e 3,4% para 2024. O país também registrou a menor taxa de desemprego em 12 anos, chegando a 6,6%, comparada aos alarmantes 14,9% de 2021.

Os avanços no comércio internacional foram evidentes com a abertura de mais de 340 mercados para produtos do agronegócio e acordos firmados com diversas nações. O combate à fome foi outro ponto destacado; o relatório das Nações Unidas revelou uma redução significativa da insegurança alimentar severa no Brasil.

Na área da saúde, o programa Mais Médicos teve sua capacidade ampliada para atender mais municípios e aumentar o acesso à assistência médica. A vacinação infantil também ganhou destaque positivo ao sair da lista dos países com mais crianças não vacinadas.

A educação recebeu investimentos significativos com novos campi universitários e programas como Pé-de-Meia para garantir a permanência dos estudantes no ensino médio. Além disso, iniciativas voltadas ao setor cultural asseguraram recursos expressivos para fomento às artes no Brasil.

O governo também anunciou investimentos significativos no Novo PAC e na habitação através do Minha Casa, Minha Vida, prevendo mais de um milhão de moradias. O aumento na entrega de ambulâncias pelo Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi destacado como um avanço nas políticas públicas.

Por fim, Lula reiterou seu compromisso em continuar dialogando com outros países e buscando formas de fortalecer a economia brasileira frente aos desafios impostos por cenários internacionais adversos.

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