Mabel Canto quer criar núcleo especial de defesa das mulheres policiais do PR

As deputadas estaduais Mabel Canto (PSDB) e Cristina Silvestri (PSDB), estiveram reunidas com a Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR), nesta segunda-feira, dia 11 de abril, para tratar sobre a possibilidade da constituição de um núcleo especial de defesa de mulheres policiais militares que sofrem assédio sexual e moral nas corporações paranaenses. O objetivo é auxiliar vítimas de violência que não possuem recursos para a contratação de serviços jurídicos.

Casos de assédio dentro da corporação chegaram ao conhecimento de Mabel, como um caso que envolve uma soldado da Polícia Militar que sofreu assédio sexual de seu superior hierárquico. A situação foi apurada através de um Inquérito Policial Militar (IPM), onde o superior admitiu ter ‘encostado a mão na perna da soldado’ e não negou em momento algum o contato físico. Na época, o que chamou a atenção foi a celeridade entre a instauração da investigação, iniciada em setembro de 2021, e seu arquivamento, dezembro do mesmo ano.

Mabel Canto explica a importância do acompanhamento técnico na defesa das policiais. “É importante que a Defensoria também possa realizar esse acompanhamento jurídico, porque infelizmente, muitas policiais não têm condições financeiras de contratar um advogado”, disse.

Em março a deputada Mabel e a Procuradoria da Mulher conversaram com a Comissão de Combate ao Assédio Moral e Sexual da Polícia Militar do Paraná, onde foram tratadas ações tomadas pela comissão para apurar, prevenir e punir os casos de assédio sexual e moral ocorridos dentro da corporação.
Segundo Mabel, o Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública do Estado do Paraná (NUDEM) tem o papel de litigar nas ações em que as policiais não têm condições. “Ao apoiar essas mulheres, estaremos em conjunto, diminuindo esses crimes contra policiais mulheres”, conclui.

Também estiveram presentes na reunião o defensor público-geral, André Ribeiro Giamberardino, a subdefensora pública-geral, Olenka Lins e Silva Martins Rocha e a chefe de gabinete da defensoria, Lívia Martins Salomão Brodbeck e Silva.