Imagem: redes sociais
Uma mãe de um atleta de Ponta Grossa entrou em contato com o portal BNT, nesta quarta-feira (04), e denunciou que o filho teria sido agredido verbalmente por um treinador de basquete, durante o Campeonato Brasileiro de Seleções, realizado em Nova Friburgo (RJ), no dia 10 de novembro.
O jovem fazia parte da seleção do Paraná de Basquetebol, que enfrentava o time de Santa Catarina na semifinal do torneio. Conforme o relato da mãe, o técnico da equipe teria perdido o controle emocional durante a reta final da disputa.
Em um momento crítico do jogo, onde a equipe do Paraná perde a vantagem que tinha sobre a equipe adversária, o profissional pede tempo, entra em quadra e xinga o adolescente. Exaltado, o treinador profere palavras de baixo calão ao atleta, como “pipoqueiro de m*rda” e “vai tomar no **, moleque”. Após isso, ele chega a bater com a prancheta no rosto do jogador.
O episódio foi transmitido ao vivo pelo canal oficial da competição no YouTube. Veja abaixo o momento:
Sem apoio no local, o atleta retornou para Ponta Grossa, onde a família registrou um boletim de ocorrência. Os pais de outros atletas também se indignaram com o caso e publicaram uma nota de repúdio nas redes sociais. Veja:
Os pais ainda relatam que estão inseguros com a situação. “Estamos vivendo dias tristes com muitas incertezas e receios de perseguições”, aponta a mãe do jogador.
A Liga Desportiva de Ponta Grossa (LDPG) também se manifestou contrária a atitude do treinador. “Relatamos com profunda indignação o ocorrido na manhã do dia 10 de novembro de 2024, durante a partida de disputa pelo terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-16.
Essa conduta é absolutamente inadmissível em qualquer ambiente, ainda mais no esportivo e principalmente quando esta Federação prega um comportamento de boas atitudes em ginásios com o programa Torcida Legal. Isso constitui uma grave violação da Lei n.º 14.597/2023, que regulamenta a prossão de Educação Física e estabelece que prossionais dessa área devem atuar com responsabilidade e respeito, zelando pela integridade física e psicológica de seus atletas. Ademais, a situação também congura violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990), que assegura proteção integral aos menores, incluindo o direito a um ambiente seguro e livre de violência em todas as atividades esportivas. Nesse contexto, destaca-se ainda o Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, previsto no Art. 53 do ECA, o qual assegura à criança e ao adolescente o direito à educação com o objetivo de promover seu pleno desenvolvimento, preparo para a cidadania e qualicação para o trabalho”.
O que dizem os citados
Procurada, a Federação Paranaense de Basquetebol, através do presidente Marival Junior, informou que o treinador foi afastado das competições estaduais logo após o conhecimento do caso. Veja a nota:
O técnico foi afastado das atividades da Seleção Parananense em seguida do acontecido e o caso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paranaense de Basquete (FPRB), que se julgou incapaz de dar continuidade e repassou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), pois o fato ocorreu em um Campeonato Brasileiro de Seleções organizado pela CBB. Nesta quinta feira teremos uma reunião com os pais do atleta. A FPRB reafirma seu posicionamento em repudiar qualquer ato de violência.
Procurada, a Confederação Brasileira de Basquetebol ainda não se posicionou sobre o caso. O portal BNT tenta contato com o treinador e deixa o espaço aberto para a defesa do mesmo.
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