Foto: Redes Sociais
A médica Carolina Fernandes Biscaia Carminatti, residente em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, encontra-se sob acusação judicial após ser denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por diversos crimes, incluindo estelionato, falsificação de documentos e lesão corporal. As alegações envolvem a emissão de laudos falsos relacionados a câncer de pele e a realização de procedimentos cirúrgicos desnecessários em seus pacientes.
A investigação sobre as atividades da médica teve início em março de 2024, quando um grupo de pacientes começou a expressar desconfiança em relação aos procedimentos recomendados por Carolina. Até o momento, 31 pessoas registraram queixas formais na Polícia Civil do Paraná (PC-PR). A denúncia foi formalmente aceita pela Justiça em 31 de janeiro, abrangendo relatos de 38 vítimas, embora o juiz Eduardo Faoro tenha excluído algumas das acusações.
O advogado Valmor Antonio Weissheimer, representante legal de Carolina, declarou que a defesa está comprometida em demonstrar a “enorme injustiça” enfrentada por sua cliente, enfatizando que o magistrado rejeitou várias das acusações apresentadas.
De acordo com o delegado Helder Lauria, que liderou a investigação, os depoimentos das vítimas revelaram que Carolina exerceu forte pressão psicológica durante as consultas, persuadindo-as a se submeterem aos procedimentos imediatamente após um diagnóstico. A apuração revelou que a médica examinava pintas e manchas na pele dos pacientes, alegando que algumas poderiam ser cancerígenas. Em seguida, ela retirava amostras e as enviava para análise laboratorial.
No retorno dos pacientes, Carolina apresentava laudos falsificados com diagnósticos de câncer. A perícia realizada nos documentos indicou que as falsificações eram realizadas utilizando uma máquina de cópia dentro do próprio consultório.
Além disso, os investigadores descobriram que documentos autênticos eram encobertos por versões adulteradas, criadas através do uso da impressora disponível na clínica.
Em resposta às irregularidades constatadas, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) impôs à médica uma censura pública em março de 2024 por ter anunciado especialidades que não possuía. Desde então, uma interdição cautelar total foi decretada pelo CRM-PR por um período de 180 dias, restringindo Carolina de continuar a exercer sua profissão.
Em um desenvolvimento adicional do caso, um áudio obtido pela investigação mostra Carolina celebrando a remoção de um falso melanoma. No áudio gravado por uma das vítimas durante uma consulta em janeiro de 2024, a médica faz comentários sobre o suposto diagnóstico e sugere agradecimentos a Deus pela situação. Essa gravação se tornou um elemento crucial nas investigações.
Até o momento, as autoridades aguardam uma resposta formal da defesa da médica em relação às denúncias apresentadas. O caso continua em desenvolvimento e tem gerado repercussão significativa na comunidade local e nas redes sociais.
Leia também:
Força-tarefa no Litoral do Paraná atua em resgates após fortes chuvas
Confira os números sorteados no concurso 2826 da Mega Sena, que distribui R$ 39 milhões…
No sábado, o São Paulo perdeu para o Bragantino por 1 a 0, frustrando André…
Uma pesquisa inovadora conduzida por cientistas do Sainsbury Wellcome Centre (SWC) e recentemente publicada na…
A falha operacional na estação de bombardeio da Sanepar pode afetar o abastecimento em três…
Um veículo roubado foi recuperado pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Palmeira na manhã deste…
Homem tentou invadir residência em Nova Ponta Grossa na tarde de sexta-feira (7). A Guarda…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade