O Setembro Amarelo foi implementado no Brasil em 2015 com o objetivo de promover ações que visem a prevenção do suicídio. Apesar de as iniciativas acontecerem de forma mais frequente durante um mês, o Ministério da Saúde defende que o alerta sobre os sinais que levam uma pessoa a tirar a própria vida deve permanecer o ano todo.
O suicídio é um problema de saúde pública, sendo considerado a segunda maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme o Ministério da Saúde, no Brasil, a média é de um suicídio a cada 46 minutos. A Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG) é uma das entidades locais que incentiva os cuidados com a vida e sustenta que o debate sobre o tema na sociedade e a divulgação de informações, de forma responsável, são as principais formas de prevenir novos casos.
De acordo com o presidente da AMPG, Francisco Barros, é preciso fomentar os cuidados com a mente, já que o conceito de saúde envolve o bem-estar físico, psíquico e social de um indivíduo. “Nós, médicos, com frequência focamos nossa atenção na parte física do ser humano e não damos a devida importância ao âmbito psíquico, tanto dos pacientes, quanto aos nossos próprios. Precisamos buscar resgatar a beleza do exercício da medicina, valorizando a nossa profissão e todos os esforços da comunidade para que vivamos nossas vidas em plenitude”, destaca Barros.
O psiquiatra Adriano Abreu Lima Buss é um dos médicos associados à AMPG. Segundo o profissional, o estigma e o preconceito acerca das pessoas com doenças mentais são as principais dificuldades atuais de prevenir o suicídio. Soma-se a isso a subnotificação de casos, gerando dificuldade de instruir políticas de saúde pública também. Apesar de ainda haver o tabu sobre a temática, Buss argumenta que “diferente do que se acreditava anteriormente, falar sobre o assunto aproxima as pessoas, com ideação suicida, da ajuda”.
Conforme o médico, além da publicização de informações responsáveis às pessoas que possuem ideação suicida, também é fundamental que se facilite o acesso ao serviço de emergência/urgência psiquiátrica, assim como a disponibilização de tratamento medicamentoso e psicoterápico apropriado para cada caso. “Ter um grupo de apoio sólido durante os momentos de crise também é importante”, argumenta.
Sinais de alerta e fatores de risco
Os principais sinais de alerta a que devemos nos atentar sobre os comportamentos que denotam ideação suicida são isolamento social, queda do rendimento no trabalho ou estudos, expressões de ideias suicidas, despedidas inesperadas, reorganização da vida financeira e elaboração precoce de testamentos.
Apesar de o suicídio ser complexo e multifatorial, há alguns fatores, que quando somados a outros, podem desencadear pensamentos suicidas. Conforme o psiquiatra, os principais são histórico pessoal e familiar de transtorno mental, histórico familiar de suicídio, jovens nos primeiros anos de transtornos mentais e idosos, perda recente, solidão, desemprego, pendências com a justiça, desesperança, insônia e comportamento instável.
Para o médico, na sociedade atual, a influência das redes sociais sobre o emocional é outro fator que deve ser levado em conta. “As comparações com outras pessoas, o medo de ser ‘cancelado’, criticado ou de ser alvo de postagens difamatórias acaba se tornando frequente. Essa sensação, em alguns casos, pode acarretar ideações suicidas”, ressalta o médico.
Outros dois transtornos que Buss afirma que devem ser cuidados e observados são a ansiedade e a depressão. “Na depressão, o julgamento está enviesado pelo sentimento de desesperança, culpa ou inutilidade. Já na ansiedade, a angústia, o medo de perder o controle ou enlouquecer e os sintomas físicos podem fazer com que o paciente queira fugir de imediato daquele momento e por isso pensa que se matar seja a saída”, explica o médico.
Formas de ajuda
A orientação da AMPG é que as pessoas que possuem ideação suicida procurem um serviço médico ou psicológico. O psiquiatra e o psicólogo são capacitados para lidar com esses tipos de casos. O médico Adriano Buss atende no Ed. Executive Center, localizado na rua Sete de Setembro, 800, sala 902; e no Hospital São Camilo, situado na rua Doralício Correira, 236.
A Associação Médica de PG também possui outros profissionais da área psiquiátrica. Para mais informações ligue para 3224-2261.
As instituições de saúde que atendem gratuitamente em Ponta Grossa são:
CAPS Infantojuvenil
Rua Reinaldo Ribas Silveira, 156, Ronda – 3220 – 1015 (Ramais 4541 e 4543)
CAPS II
Rua Antônio Rodrigues Teixeira Junior, 229, Jd Carvalho – 3220 – 1015 (Ramais 4049 e 4536)
CAPS AD
Rua Vicente Espósito (Ao lado do Terminal de Uvaranas) -3220 – 1015 (Ramais 4047 e 4048).
AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL
Rua Princesa Isabel, 228, São José – (necessita encaminhamento da Unidade de Saúde) – 3220 – 1015 (ramais 4045 e 4046).
O Centro de Valorização da Vida (CVV) também realiza apoio emocional de forma voluntária, por meio do telefone 188.
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