Não se sabe bem quando começaram a chamá-la de menina-framboesa. Tempo faz, vagas lembranças de quando pequenina e alguém a lhe chamar assim. Tinha olhos grandes em cor de mel e a natureza agreste, vivia em meio à vegetação, às árvores, aos arbustos e seus frutos.
Ao lado de casa havia um pinheiral e embaixo das árvores a surpresa em pinceladas vermelhas, as framboesas silvestres resistiam a tudo, conseguiam se refazer das moléstias e seguiam. Apesar de doces, eram ornadas com espinhos que não facilitavam a intromissão.
Leia Mais:
Renata Regis Florisbelo, colunista do BNT, lança livro “Ínfimo Colossal”
Certa vez, à noite, veio com a sutileza de um sussurro em forma de cantiga de ninar e a menina adormeceu em meio às framboesas. O frio da madrugada trouxe o desconforto e ela se embrenhou pela touceira adentro, um nicho de calor. O aconchego tomou conta e embalou os sonhos.
Na manhã seguinte, os pais, desesperados, gritavam por ela. Acharam-na dormindo profundamente entre as espinheiras de framboesa. Não conseguiram alcançá-la, tiveram que recorrer à foice e ao facão para abrir os galhos e alçar o minúsculo habitáculo no qual ela adormecera, sem nenhum arranhão e sem ninguém entender como conseguiu chegar até lá.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
VICTORIA, Seychelles, Sept. 19, 2024 (GLOBE NEWSWIRE) -- A Bitget, principal bolsa de criptomoedas e…
A Mary Kay Inc., líder global em cuidados com a pele e cosméticos, tem o…
Ônibus colide com poste em Ponta Grossa após tentativa de assalto ao motorista. Ninguém ferido.…
STF julga direito de Testemunhas de Jeová recusarem transfusão de sangue no SUS e se…
Homem é preso em Ponta Grossa por porte de arma de uso restrito. Operação integrada…
TSE e MJSP definem regras para a PRF nas eleições. Estão proibidos bloqueios de trânsito…
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade