Mulher que tentou empréstimo com idoso morto é prima e responderá por tentativa de furto e vilipêndio a cadáver

A mulher que tentou obter um empréstimo no valor de R$ 17 mil em uma agência bancária do Rio de Janeiro com um idoso morto é, na verdade, prima da vítima, e não sobrinha como inicialmente divulgado. O caso chocante ocorreu na última terça-feira (16) e ganhou ampla repercussão.

Um vídeo gravado por uma funcionária do banco mostra o cadáver do idoso, identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos, posicionado em uma cadeira de rodas, com sua cabeça sendo sustentada pela mão da mulher, identificada como Érika de Souza Vieira.

Veja o vídeo aqui: Mulher é detida após tentar realizar empréstimo de R$17 mil com cadáver em cadeira de rodas

Apesar de Érika se referir ao homem como “Tio Paulo”, o delegado Fábio Souza, titular da 34º DP (Bangu), esclareceu que ela é prima do idoso. “Ela se diz sobrinha porque fala que a avó da mãe dela registrou a mãe como filha, então ela seria, de fato, sobrinha. Mas os documentos indicam que ela é prima”, explicou o delegado.

As investigações apontam que Érika era a cuidadora do idoso e responsável por ele. “Nós fizemos várias pesquisas e não conseguimos encontrar nenhum parente dele que fosse próximo do local onde ele reside”, afirmou o delegado.

Érika de Souza Vieira responderá por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. A Polícia Civil informou que exames realizados no corpo do idoso indicam que ele já estava morto há pelo menos duas horas quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou à agência bancária.

A advogada da família, Ana Carla de Souza Correa, contestou a versão apresentada pela polícia, afirmando que “os fatos não aconteceram como foram narrados, o senhor Paulo chegou à unidade bancária vivo” e que “Érika se encontra, totalmente abalada e dopada”.

No entanto, o delegado Fábio Souza destacou que Érika não demonstrou arrependimento. “Ela sempre falando que ele estava vivo, que sempre cuidou dele, mas ela não demonstrou em nenhum momento a tristeza de quem perde alguém querido”, concluiu o delegado.