Uma nota técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicou que 1.942 cidades do Brasil estão mais suscetíveis à ocorrência de deslizamentos, enxurradas e inundações. O índice representa quase 35% do total dos municípios brasileiros.
Destas quase 2 mil cidades, nove se localizam na região: Jaguariaíva, Imbituva, Irati, Piraí do Sul, Prudentópolis, Rebouças, Reserva, São Mateus do Sul e Sengés. De acordo a nota técnica, estes municípios são propensos a sofrer enxurradas em locais específicos, caso haja um volume forte de chuva, como ocorreu no Rio Grande do Sul neste mês.
Além de enxurradas, Irati, São Mateus do Sul e Sengés também foram citadas como cidades com risco de inundações. Já pontos da cidade de Jaguariaíva têm risco de deslizamentos de terra, segundo o Cemaden.
De acordo com a Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná, os 399 municípios do Estado têm capacitação e planejamento para casos de desastres causados por vendavais, temporais, inundações e outros eventos naturais. Desde 2011, a Coordenação Estadual de Proteção e Defesa Civil, responsável pelo planejamento e segurança em casos do tipo, capacita as equipes municipais.
Com isso, todas as cidades possuem planos com mapeamento de áreas de risco, recebem alertas meteorológicos, têm locais designados para receber desabrigados, e pessoas treinadas para atuar em situações de risco. O portal BNT entrou em contato com as prefeituras dos nove municípios pedindo mais detalhes sobre ações de prevenção nos municípios. Contudo, nenhum deu retorno até o momento.
As áreas dentro dessas 1,9 mil cidades consideradas em risco concentram mais de 8,9 milhões de brasileiros, o que representa 6% da população nacional.
O levantamento publicado em abril deste ano refez a metodologia até então adotada, adicionando mais critérios e novas bases de dados, o que ampliou em 136% o número dos municípios considerados suscetíveis a desastres. Em 2012, o governo havia mapeado 821 cidades em risco desse tipo.
O estudo foi coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento, ligada à Casa Civil da Presidência da República. O levantamento foi solicitado pelo governo em razão das obras previstas para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que prevê investimentos em infraestrutura em todo o país. Clique aqui e veja o relatório completo.
Por Carlos Solek | com informações da Agência Brasil
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