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O dia 1° de Maio e a importância da organização dos trabalhadores

Diária de 8 horas sem redução no pagamento, esse era o lema que os Sindicatos com milhões de trabalhadores que foram às ruas nos Estados Unidos para reivindicar a redução do trabalho diário, que chegava a dezesseis horas diárias, foi dessa luta vitoriosa que se originou a data comemorativa de hoje. Foi a organização de trabalhadores através das entidades sindicais que os direitos existentes hoje fossem conquistados.

Muitos não dão valor a esses direitos, ou até mesmo aos sindicatos, mas se não fossem as entidades se organizarem e com a participação, luta e até mesmo com o sangue de muitos trabalhadores, hoje não teríamos direitos como: 8 horas de trabalho, férias, décimo terceiro, folga semanal… Entre muitos outros que vieram da luta de muitos.

Apesar destas conquistas do passado, hoje temos muitos desafios na área do trabalho.
Nos últimos anos muitos direitos foram retirados dos trabalhadores e reconquistá-los será um desafio. Com a Pandemia vimos o “home office” e o “delivery” crescerem exponencialmente, gerando além de mais desempregados, a precarização dos trabalhadores, em especial dos “moto boys”, que em sua maioria não possui registro em carteira e não estão assegurados pela Previdência Social.

A modernização que vem acelerando a cada dia é outro desafio, pois esse processo gera cada vez mais desempregados, e não vemos por parte do Governo um trabalho para qualificação dessa mão de obra, que é jogada na busca por outro emprego, sem ter uma formação ou qualificação necessária para retornar ao mercado de trabalho.
Outra notícia que está assustando a muitos, é a famosa inteligência artificial (I.A), que segundo estudos vai substituir a mão de obra humana em muitos setores.

O mais preocupante de tudo, é que não estamos preparados para estas mudanças, e quem mais sofre com as consequências são os trabalhadores mais pobres, a mão de obra mais barata.

Está mais do que na hora dos governantes sentarem e realizarem estudos, planejamentos e acima de tudo, colocarem a mão na massa para que tenhamos políticas públicas e até mesmo parcerias com os empresários, para que possamos nos preparar para o futuro na área do trabalho, futuro este que já está batendo a nossa porta.

E por fim deixo aqui uma mensagem aos atuais e futuros trabalhadores, assim como lá nos anos de 1700 na Inglaterra e no final dos anos de 1880 nos Estados Unidos, se organizaram e buscaram seus direitos, hoje não é diferente, se ficarmos esperando de braços cruzados pouca coisa teremos, a luta é difícil, mas é o único caminho. A nossa história mostrou isso e se hoje a maioria está de folga, comemorando esse feriado, é em consequência da luta do passado e que deve servir de exemplo para o presente e para o futuro.

Viva o Dia dos Trabalhadores, viva a nossa luta trabalhadores!

Leia também: BOLSONARO: carta fora do baralho!

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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