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O que foi o objeto brilhante que cruzou os céus do Brasil na segunda (19)?, por Dirceu Klemba

Olá amigos leitores do Portal BNT, estamos quase finalizando o primeiro semestre de 2023 e muitos fenômenos tem acontecido em vários lugares no mundo.

No Brasil, o fato não é diferente, e um destes aconteceu no último dia 19 de junho. Por volta das 18:30 horas, diversos observadores viram algo se deslocando pelo céu brasileiro. Muitos acaram ser uma nave espacial, um satélite ou qualquer outra anomalia em chamas, mas o que pode ter cruzado nosso céu brasileiro? Veja as imagens:

 

O QUE PODERIA SER?

Após o incidente, muitos boatos começaram a circular pelas redes sociais sobre o fenômeno, porém sem confirmações sobre o que realmente aconteceu. Alguns afirmavam que era uma nave em queda, outros, um satélite, asteroides, meteoro, e a imaginação criava suas teorias.

 

PODERIA SER UM METEORO OU UM METEORITO?

Quando falamos deste fenômeno precisamos diferenciar o que é um meteoro e um meteorito. Quando os asteroides colidem uns com os outros, alguns pedaços deles se soltam, formando o que os cientistas chamam de meteoroides.

Ao entrarem na atmosfera terrestre, essas rochas são incendiadas pelo atrito com o ar e se tornam meteoros, rastros luminosos que conseguimos ver no céu, também conhecidos como estrelas cadentes. A maioria dos meteoros é pequena e se desintegra ao entrar em contato com a atmosfera.

Alguns, no entanto, sobrevivem ao impacto e caem em algum lugar do nosso planeta. Essas pedras ganham o nome de meteoritos, que ajudam os pesquisadores a entender mais sobre o nosso Sistema Solar. Ainda sobre o fenômeno existe grande possibilidade de ser reentrada de lixo espacial.

 

O QUE MANDAMOS PARA O ESPAÇO?

Toneladas de foguetes, naves e satélites foram lançados no espaço desde 1957, início da era espacial, no entanto, ninguém foi capaz de prever o que fazer com eles no final de sua vida útil.

A Agência Espacial Europeia estima que existem cerca de 900.000 objetos com dimensões superiores a um centímetro sem qualquer utilidade em órbita ao redor da Terra. Segundo a ONU, tal fato coloca em perigo futuras missões e, inclusive, as comunicações terrestres. Desde que o ser humano começou a explorar o espaço, também começou a sujá-lo.

Na órbita de nosso planeta há centenas de satélites inativos e milhares de fragmentos dos foguetes que foram lançados em nossa curta e frenética corrida espacial, assim como restos de colisões.

Atualmente, essa situação é um perigo real tanto para as telecomunicações terrestres quanto para as missões que estão em curso.

 

LIXO ESPACIAL

O lixo espacial engloba qualquer peça ou resto deixado pelo ser humano no espaço e cuja origem é na Terra. Esses resíduos espaciais podem ser tão grandes quanto um satélite inativo, similar ao tamanho de um carro, ou tão pequeno quanto uma casca de pintura que se desfaz.

O verdadeiro perigo é a velocidade em que esses objetos se movem, mais de 28.000 quilômetros/hora, o que os converte em autênticos projéteis.

Em 1957, após o início da corrida espacial, o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) começou a compilar um banco de dados com todos os resíduos. O primeiro foi o satélite Sputnik lançado pela União Soviética nesse mesmo ano.

 

MONITORAMENTO

Astrônomos fazem a monitoração quando é o caso de ser lixo espacial, pois é possível antecipar e saber quando eles vão entrar na atmosfera. Neste caso, não havia previsão de entrada dos possíveis materiais, que podem ser restos de foguetes ou outras partes que ficam pelo espaço.

 

ENTÃO, O QUE FOI VISTO NOS CÉUS BRASILEIROS?

Moradores de diferentes regiões brasileiras registraram momentos em que luzes esverdeadas em formas de pontos apareceram no céu, na noite desta segunda-feira (19).

As luzes esverdeadas aparecem no céu e logo vão se dissolvendo, para o a astrônomo do observatório de Campinas, Júlio Lobo, as luzes registradas tem características de lixo espacial, algo que não é raro de acontecer, porém não descarta a possibilidade de que sejam meteoros brilhantes, chamados bólidos, que entraram na atmosfera, e que tem média de registro de quatro a cinco por ano.

Um bólido passa rapidamente pela atmosfera, com uma duração de segundos, mas, neste caso, segundo os vídeos, o objeto acabou demorando mais tempo, o que aumenta as possibilidades de ser lixo espacial.

 

Dirceu Klemba

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