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Obra de condomínio afeta casas e saúde de moradores em bairro de PG

A construção de um condomínio tem afetado a vida de moradores que residem próximos à obra, em Ponta Grossa. A localização é no bairro Jardim das Flores, região do Neves. Moradores reclamam que a obra afeta a estrutura e a limpeza das residências, além de desencadear problemas respiratórios.

O condomínio a ser construído tem o nome de “Violeta Residencial Módulos I e II”. A obra é de responsabilidade da construtora PRM Empreendimentos e fica próxima às 50 casas que existem na região. A principal reclamação dos moradores é do pó e das rachaduras nas paredes que a obra causa.

Uma moradora, que prefere não se identificar, alega estar prestes a perder os eletrodomésticos por conta da sujeira. “A poeira está entupindo as coisas. A geladeira está começando a estragar, o microondas é novo e também está estragando”, revela.

A moradora indica sinais de rachadura nas paredes, devido à movimentação dos maquinários. “A gente luta tanto para conquistar nossa casa para, no fim, as paredes começarem a rachar por causa das obras”, afirma.

Em visita a algumas residências, é possível perceber a terra fina espalhada em diferentes lugares das respectivas casas. Confira no vídeo abaixo.

Toda a obra já dura mais de um ano e a estimativa de término é para janeiro de 2025.

Além da limpeza das residências, a obra impacta na saúde dos moradores da região. Uma mãe conta que sua filha de três anos foi diagnosticada com bronquiolite, depois de meses com sintomas. A poeira da obra piora no quadro da doença.

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“Em maio, encontrei ela desmaiada, sem falar e sem respirar. Ela emagreceu 5kg, só tomava água. Corremos para a UPA Santana e aí foi diagnosticada a doença.”, conta a mãe. Ela completa. “A médica disse que não posso morar em lugar que tenha pó. Mas como, dessa forma?”

O Código de Obras de Ponta Grossa (Lei 14.522/2022) determina regras para a realização de construções no município. “Colocar em risco a estabilidade e a integridade das propriedades vizinhas e das áreas públicas” é considerada uma infração grave pelo documento.

O QUE DIZ A CONSTRUTORA 

A PRM Empreendimentos é a construtora responsável pela obra do condomínio. Entramos em contato para questionar quais as medidas de segurança tomadas em relação às propriedades vizinhas, a qual respondeu através do jurídico alegando que estão comprometidos com uma construção segura e responsável.

“Entendemos as preocupações dos moradores do Jardim das Flores, especialmente em relação à poeira gerada pelos trabalhos de terraplanagem, a qual se encontra em estágio final. A obra de infraestrutura está sendo executada por uma empresa especializada contratada por nós. Esses trabalhos, por sua natureza, podem levantar poeira, somado às fortes secas e poluição causadas por fumaça de queimadas que atingem a região. Para minimizar esse impacto, estamos adotando medidas como a umidificação diária do solo com caminhões pipa”, relatam.

E nota completa dizendo que: “em relação ao maquinário utilizado nas obras, especificamente o rolo compactador usado para a estabilização do solo, asseguramos que sua operação está dentro dos parâmetros permitidos pelas normas vigentes. Até o momento, não recebemos relatos de residências afetadas pelas vibrações geradas durante a obra. No entanto, caso alguma residência seja impactada, orientamos os moradores a entrar em contato diretamente com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da PRM para que possamos avaliar cada situação individualmente”.

RESPONSABILIDADE DA PREFEITURA DE PG

Buscamos, também, a Prefeitura do município para discutir sobre a lei que garante a estabilidade e a integridade das propriedades vizinhas em locais de obras. Objetivo é entender quem é responsável por fiscalizar estes locais e que a penalidade que a empresa está sujeita. Mas até o fechamento da reportagem não tivemos respostas.

Texto com colaboração de Kauana Neitzel

Confira como fica a casa de quem mora ao lado da obra e o relato dos moradores:

Vinicius Sampaio

Sou formado em Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Sou repórter do jornal Boca no Trombone, responsável por policial, esportes e política. Facilidade em comunicação visual, textual e verbal. Possuo conhecimento e um apreço especial por jornalismo de dados.

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