Ele espera, eu espero, alguém sempre espera. São 7h52, cruzamento movimentado, passagem obrigatória de quem é obrigada a esperar. A oficina ainda não abriu. Os homens esperam, sentados no chão, na mureta, na rampa em frente à porta. Calças surradas, camisetas encardidas e manchadas, pouco importa, por nada precisam ser embelezadas. Talvez, se soubessem que enquanto esperam são vistos por quem também espera, caprichariam mais no visual. 7h53 e a oficina permanece fechada, a porta se elevará apenas às 8h, enquanto isso que esperem. A calmaria do proprietário em começar um novo dia em nada se comoveria com pedidos de urgência. Não há urgência, não há clemência para uma porta que não demonstra impaciência. Mais moços chegam, a pé, de ônibus, motocicleta, carro velho. Todos esperam pela porta, que se levante. Roupa preta suja de graxa, não faz mal, nem aparece. São 7h58 e todos esperam, eu também na fila atrás de outro ninguém.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
Leia também: Vítimas de grave acidente na PR-151 serão sepultados em PG e no RS
Maio Amarelo tornou-se um movimento global de conscientização para redução de acidentes. Tema da campanha…
Boomi for SAP agiliza o processo prolongado e intensivo de recursos de migração para SAP…
Há anos moradores pedem manutenção e melhorias no cemitério. A reportagem já foi procurada pelos…
Prisão aconteceu na região da Chapada durante a madrugada de quarta-feira
Veja quais são as vagas de emprego disponíveis em Ponta Grossa, Castro, Carambeí, Jaguariaíva e…
Segundo dados da Defesa Civil estadual, 130 pessoas estão desaparecidas e 163 mil estão desalojadas
Esse site utiliza cookies.
Política de Privacidade