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Operação desarticula quadrilha que agia a partir de Ponta Grossa

O Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná deflagrou nesta quinta-feira (7), a 2ª fase da Operação Pax, que investiga atuação de organização criminosa relacionada ao tráfico de drogas. Foram cumpridos, com o apoio das Polícias Civil, Militar e Científica, cinco mandados de prisão preventiva e 26 mandados de busca e apreensão.

Em Ponta Grossa, um dos alvos foi uma empresa de compra e venda de veículos localizada na região da Nova Rússia. Conforme informações apuradas pelo Portal Boca no Trombone, o Gaeco realizou a apreensão de vários documentos e a Polícia Científica que foi acionada para verificar se havia algum veículo roubado ou furtado, disse que nenhuma irregularidade foi encontrada.

As ordens judiciais, expedidas pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, foram cumpridas em Curitiba, Ponta Grossa e São José dos Pinhais e nos estados de São Paulo (Birigüi) e Rondônia (Porto Velho). Duas pessoas também foram presas em flagrante, por tráfico de drogas e porte de munições.

As investigações tiveram início há dois anos e identificaram uma organização responsável por tráfico de drogas e armas. Para dominar o mercado ilícito, integrantes da organização teriam eliminado vários componentes de grupos rivais, tanto em Ponta Grossa como em outras regiões do estado. Segundo apurado, o grupo agia sem permitir qualquer possibilidade de defesa às vítimas, com dezenas de disparos de armas de fogo e, em algumas ocasiões, com emprego de armas de calibre restrito, como fuzis. Esse contexto de “guerra de facções”, apontaram as investigações, teria sido responsável pelo aumento do número de homicídios na região de Ponta Grossa nos anos anteriores.

Veja mais informações da operação com o delegado da 13ª SDP, Fernando Jasinski:

Fase anterior

A primeira fase da operação foi deflagrada em 2022 e teve como objetivo desarticular a organização criminosa, tendo resultado, na ocasião, na redução do número de assassinatos na cidade. A partir dessa primeira etapa, houve a propositura pelo Gaeco de Ponta Grossa de duas ações penais contra 16 pessoas pelos crimes de organização criminosa, porte e posse irregular de armas de fogo de uso permitido e restrito, disparos de arma de fogo e uso de documentos falsos.

O prosseguimento das investigações constatou a prática do crime de lavagem de dinheiro, com a utilização de “laranjas” para a movimentação de dezenas de milhões de reais provenientes de atividades ilícitas, sendo identificados novos integrantes da organização envolvidos em outros eventos criminosos da mesma natureza.

Liderança presa

Na atual fase da operação, além das prisões e buscas em residências e empresas, foram realizadas buscas em um presídio para localização de materiais ilícitos e aparelhos celulares, uma vez que muitos dos presos da organização criminosa, inclusive a principal liderança do grupo, estariam envolvidos na prática de crimes a partir dos estabelecimentos penais. O líder da organização criminosa foi preso no Rio de Janeiro em dezembro do ano passado e atualmente encontra-se em presídio federal de segurança máxima.

Foto: Igor Rugilo

Leia também: Polícia Civil e Gaeco fazem operação em empresa de compra e venda de veículos em PG

Boca no Trombone

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