Palavrões
A jovem era delicada, ainda no frescor do curso superior no início do estágio. Gente nova a conhecer e, sem precedentes, passar a conviver, na fábrica nos dias repletos de novidade. Nos meandros das curiosidades as conversas vêm e vão e neste mesmo vão revelam, inocentes hábitos e estilos de vida assimilados.
Por detrás das delicadas trancinhas que adoram ainda mais delicado rosto, a Gerusa deixa escapar histórias do passado e o quanto sua mãe perdia e ainda perde a paciência soltando um rosário de palavrões, dos mais grosseiros, com todo mundo. A surpresa dos demais toma conta da conversa que versa exclusivamente sobre os costumes familiares.
Ainda mais episódios sendo contados e novo glossário de palavras de calão a serem mencionadas no vocabulário usual da mãe direcionados aos seus amados filhotes. A doce mocinha em delicadas trancinhas não parece combinar, tão pouco formar par, com a boca suja que lhe é ascendente. A mulher tem boca suja recorrente.
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Autoria: Renata Regis Florisbelo
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