Divulgação
Na última sexta-feira (4), a Tenda de Umbanda Triunfo dos Orixás, localizada na Comunidade Pinhalzinho de Baixo, zona rural do município de São João do Triunfo, repudiou as situações de racismo e intolerância religiosa, após a Câmara Municipal negar o espaço para a realização de uma palestra sobre desmistificação e intolerância das religiões de matriz africana em maio.
A informação é que a Câmara por meio da sua Procuradoria Jurídica, se negaram ceder o espaço público para a realização da palestra, sob a alegação de que o espaço é destinado a questões de interesse público.
Em nota de repúdio, o pai de santo Armestrong Davis de Freitas, disse que a Tenda de Umbanda Triunfo dos Orixás, defende a pluralidade e diversidade como pilares de uma sociedade mais equânime, considerando que a municipalidade tem um papel fundamental no processo pedagógico de transformação das relações étnico-raciais.
“O racismo e a intolerância religiosa, em qualquer forma de expressão, violam direitos humanos e contrariam princípios fundamentais, tendo em vista que a Câmara Municipal se constitui como um espaço em que se preza pelo respeito, diálogo, diversidade e pluralidade. Assim, reforçamos que o racismo e as atitudes preconceituosas não devem ser tolerados em nenhuma circunstância. Da mesma forma, a intolerância religiosa, que atenta contra a liberdade de crença e a convivência harmoniosa entre diferentes culturas e religiões, é igualmente condenável”, destaca o pai de santo.
A nota continua que “a convivência pacífica entre os diversos credos e religiões é fundamental para a construção de uma sociedade plural e inclusiva. Devemos lembrar que, em um mundo plural, a diversidade é uma riqueza, e não uma ameaça. É fundamental que a comunidade de São João do Triunfo se una, apoiando medidas pedagógicas que conscientizem a sociedade no enfrentamento às desigualdades, buscando uma sociedade mais justa, com respeito a todas as formas de existir. É nosso dever ainda, repudiar com firmeza qualquer manifestação de racismo ou intolerância religiosa, promovendo um ambiente de respeito, diálogo e solidariedade”.
Em conversa com a reportagem do Portal Boca no Trombone, Armestrong Davis de Freitas, explica que “ao procurar o presidente da Câmara disse que era para procurar a procuradora do município. Na sexta-feira (4) entrei em contato com ela e disse que não poderia usar o local para fins particulares, tendo em vista que participamos de uma seleção coletiva e ela venho com a questão de particular”.
O pai de santo ainda detalha sobre uma lei que a procuradora trouxe. “Ela falou que ‘eu entendo seu argumento, mas não pode. Se mudar a lei pode’. Porque foi uma lei do Tribunal de Contas que eles tiveram que fazer para justificar”.
“Claro que se o espaço não tivesse usado por outras pessoas, iriamos entender. Entrei em contato com o pessoal do Tribunal de Contas e não procede essa informação e não tem nada a ver com essa questão de uso do espaço e sim do dinheiro público. Estamos tomando as medidas cabíveis, vamos procurar o Ministério Público para ver se realmente existe alguma coisa. A gente precisa de um esclarecimento o porque não podemos usar o espaço”, aponta Armestrong Davis de Freitas.
Posicionamento
A reportagem também entrou em contato com o presidente da Câmara. O assessor jurídico disse que uma nota será encaminhada ainda nesta segunda-feira (7).
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