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Paraná articula cooperação científica e tecnológica para o ensino superior com o Japão

O Governo do Paraná encerrou nesta sexta-feira (1º) uma série de compromissos em uma missão internacional no Japão, voltada para a ampliação de ações de internacionalização da ciência, tecnologia e ensino superior do Estado. Foram cinco dias de reuniões em diferentes instituições acadêmicas e governamentais do país asiático, articulando memorandos de entendimento, protocolos de intenção e acordos de cooperação acadêmica nas áreas de desenvolvimento agrário, produção de alimentos e biotecnologia.

A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. A comitiva paranaense visitou a Embaixada do Brasil em Tóquio, a Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia (JST), vinculada ao Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão, e o Centro Nacional de Pesquisas em Agricultura (Naro), em Tsukuba, na província de Ibaraki, na região de Kanto, no nordeste do litoral japonês.

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O grupo também se reuniu com representantes na Universidade de Tsukuba e da Universidade de Tóquio, na capital japonesa, considerada a melhor instituição de ensino superior da Ásia e uma das 30 melhores do mundo. A agenda incluiu, ainda, visitas na Universidade Nacional de Quioto e na Universidade Provincial de Quioto, na região de Kansai, no Centro-Sul do Japão. As quatro instituições são referência em pesquisas científicas e tecnológicas em diferentes áreas do conhecimento.

Reunindo uma população de estudantes internacionais superior a 200 mil, o Japão é um destino para estudos cada vez mais em alta. A expectativa é estabelecer programas de intercâmbio com essas universidades e ampliar a mobilidade acadêmica na graduação e pós-graduação da rede estadual de ensino superior paranaense, incluindo pesquisadores em cursos de pós-doutorado. O intuito é possibilitar a formação de profissionais atentos às mudanças globais, qualificados para os desafios de um mercado em constante evolução.

Para o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, a internacionalização contribui para a qualificação do sistema de ciência e tecnologia. “Estamos estabelecendo mecanismos de cooperação com diversos países para intercâmbio desde estudantes de iniciação científica até pesquisadores dos programas de pós-graduação, na perspectiva de qualificar e tornar o sistema paranaense reconhecido fora do país”, afirma.

Ele destacou, ainda, que o Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia do Paraná está num momento favorável de maturidade acadêmica para se consolidar nas relações internacionais.

Em novembro deste ano, representantes da Universidade de Tsukuba, incluindo o reitor Nagata Kyosuke, visitaram o Paraná para discutir programas de intercâmbio no Japão para os estudantes das universidades paranaenses. Em 2024, serão enviados estudantes para estabelecer uma relação de pesquisa acadêmica na área de tecnologia de alimentos e segurança alimentar.

REFERÊNCIA – O Japão é líder mundial no campo da pesquisa científica de base, somando quase 30 vencedores do Prêmio Nobel em física, literatura, medicina e química, além de três ganhadores da Medalha Internacional de Descobrimentos Proeminentes em Matemática. A indústria de transformação agroalimentar do país é uma das mais fortes do globo, com programas de modernização agrícola implementados em parceria com o sistema cooperativo, que envolve praticamente todos os produtores rurais japoneses.

No Brasil, o Paraná está entre os líderes da produção nacional de alimentos, com destaque na colheita de grãos. As três principais culturas – soja, milho e trigo – alcançaram, em 2022, o Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 39,9 bilhões, R$ 20,4 bilhões e R$ 5,5 bilhões, respectivamente, segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O Governo do Estado planeja lançar, ainda em 2023, um arranjo de pesquisa e inovação em alimentos saudáveis, com o objetivo de tornar o Paraná uma referência global no desenvolvimento de inovações para o segmento alimentício. A ideia é desenvolver soluções inovadoras em alimentos, sem perder de vista o diferencial competitivo das indústrias paranaenses e a longevidade de consumidores no mercado nacional e internacional.

COMITIVA – Além do secretário Aldo Bona, a missão reuniu o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; o reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Alexandre Weber; e os assessores técnicos Paulo Schmidt (Seti), Eliane Segati (Fundação Araucária) e Mônica Fiorese (Unioeste).

AEN

Agência Estadual de Notícias do Estado do Paraná.

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