Os brasileiros estão consumindo mais carne de peixe em suas refeições e para acompanhar a alta, a produção de peixes de cultivo no país também cresceu. Somente em 2022 foram cultivadas 860.355 toneladas de peixes no Brasil, com receita de cerca de R$ 9 bilhões, de acordo com o levantamento do “Anuário 2023 Peixe BR da Piscicultura”. O crescimento no ano passado foi de 2,3%, sobre as 841.005 toneladas de 2021. Essa produção está espalhada por 26 estados, além do Distrito Federal. O estado campeão no ranking de produção é o Paraná, com 194 mil toneladas.
De acordo com dados Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), a tilápia é o peixe mais cultivado na piscicultura brasileira. No ano passado, foram produzidas em todo o país 550.060 toneladas da espécie, volume que representa 63,93% da produção nacional de peixes de cultivo e aumento de 3% sobre as 534.005 toneladas de 2021. A julgar pelas demandas interna e global, a tendência é a expansão continuar, e até se intensificar, nos próximos anos. O Brasil é hoje o quarto maior produtor mundial de tilápia, posição que deve mudar em breve, com a conquista de mais um degrau no pódio.
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O Paraná é o estado que mais produz tilápias, com mais de 34% do volume total do país. Em 2022 os paranaenses cultivaram 187.800 toneladas da espécie, 3,2% a mais do que no ano anterior. Com isso, a Região Sul aparece bem na frente no ranking, somando 239.300 toneladas (43,5%). A segunda posição no cultivo nacional de tilápia fica com São Paulo, que produziu 77.300 toneladas em 2022 e teve aumento de 1,5% sobre o volume de 2021.
Além da maior procura por parte dos consumidores nacionais, a tilápia responde por 88% das exportações brasileiras de pescado, atendendo sobretudo os Estados Unidos. O mercado norte-americano corresponde a 83% da tilápia que o Brasil exporta. E o segundo mercado mais significativo é Taiwan, que compra principalmente os produtos não comestíveis, como pele, escama, farinha e óleo.
Campeão na produção de peixe de cultivo, em 2022 o Paraná atingiu a marca de 194.100 toneladas, volume 3,2% maior do que as 188.000 toneladas de 2021. Sozinho, o Paraná representa 22,5% da produção nacional. A liderança disparada coloca os paranaenses também em uma posição de referência, pois os sistemas produtivos com modelos integrados como agroindústria ou como cooperativa podem ser adotados em outras regiões do Brasil e do mundo.
No Paraná, a criação comercial de tilápias acontece em 363 dos 399 municípios. Nova Aurora, no oeste do estado, que conta com pouco mais de 10 mil habitantes, é a líder no ranking, representando 13,82% do total. Em 2022, a negociação de tilápia paranaense aconteceu com 34 países.
Peixe nas escolas
Mas com tanto peixe no estado, uma parcela significativa da população ainda não tem o hábito de consumi-lo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de peixe seja de 12 kg por pessoa ao ano. Especialistas destacam que o alimento tem alto valor nutricional e deve ser incluído na dieta por sua elevada qualidade proteica. No entanto, o consumo ainda não faz parte da rotina da maior parte da população, seja por hábito ou pelo valor mais elevado. Uma das alternativas para a mudança desta realidade está na inclusão do peixe nas refeições oferecidas pelas escolas às crianças e adolescentes.
No Paraná esse movimento já existe e é liderado pelo deputado estadual Luiz Fernando Guerra. O parlamentar defende que o peixe precisa ser uma opção na alimentação dos jovens. O projeto de lei de sua autoria está em tramitação e a carne de peixe poderá fazer parte das refeições de aproximadamente 1,1 milhão de alunos da rede pública de ensino.
“A introdução da carne de peixe e seus derivados pelo programa de alimentação escolar é uma forma de diversificar os produtos oferecidos no cardápio da merenda, trazendo a carne de peixe como uma excelente opção para a saúde dos alunos paranaenses. Além disso, a iniciativa também pode estimular os pequenos produtores do estado que investem na psicultura”, destaca Guerra.
A proposta de Luiz Fernando Guerra estipula que a carne de peixe deve ser servida ao menos uma vez por semana, respeitada a cultura alimentar, o perfil epidemiológico da população atendida e a vocação agrícola da região. A ideia é que o nutricionista responsável pelo cardápio determinará qual o melhor momento e forma para servir o alimento. Caso o calendário não seja cumprido, a escola terá suspensão da transferência de recursos para aquisição local de produtos para a merenda.
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