O Confina Brasil 2023 segue cumprindo sua agenda de visitas pelos municípios de São Paulo e Paraná. A segunda semana de rotas da pesquisa-expedicionária, promovida pela Scot Consultoria, foi realizada em dez propriedades, localizadas em oito municípios dos dois estados.
O principal destaque durante os levantamentos foi a utilização da tecnologia de ultrassonografia de carcaça na produção, como forma de acompanhar importantes características da carne.
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A ultrassonografia de carcaça é uma tecnologia aplicada na pecuária, que desempenha papel significativo ao fornecer informações valiosas sobre a composição e qualidade de carne, permitindo aos pecuaristas tomadas de decisões assertivas em relação às estratégias adotadas no sistema de produção. Além disso, permite ampliar o nicho de produção da carne premium, já que, por meio desse exame, é possível analisar características específicas do produto final, como Área de Olho de Lombo (AOL), Espessura de Gordura Subcutânea (EGS) e Marmoreio (MAR), fatores determinantes para a qualidade superior da proteína.
O uso dessa ferramenta foi detectado pela equipe da primeira rota do Confina Brasil ao passar pela Fazenda São Domingos, onde é realizado o trabalho com bovinos F1 Angus. A propriedade utiliza a ultrassonografia para definir o momento correto do abate.
Diego Rossin, médico-veterinário e técnico do Confina Brasil, informa que “a estratégia de abate no confinamento é individualizada – e não por lote, como é frequentemente visto na pecuária. Isso se dá pelo uso da tecnologia, que permite a análise individualizada de cada carcaça, tornando a tomada de decisão muito mais assertiva para produção de carne de qualidade superior”.
Localizada em Santa Tereza D’Oeste (PR), a Fazenda Santo Antônio também utiliza a ultrassonografia de carcaça para evolução da qualidade da produção – assim como a Fazenda Cotegipe, de Cascavel (PR). “Esses confinamentos que trabalham com a tecnologia de avaliação por ultrassom são parceiros da Padrão Beef, cooperativa criada com o objetivo de oferecer carne premium ao mercado”, comenta Jayne Costa, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria, e complementa: “Em um futuro próximo, a Cotegipe também fará uso da tecnologia para promover o melhoramento genético do rebanho, como preparação das fêmeas para inseminação artificial. Com o ultrassom, será mais fácil acertar o timing para realizar testes de reprodução com as precocinhas, que são as novilhas de até 16 meses.”
Apoiando-se na tecnologia de ultrassom, a Fazenda Indira Vivace, de Nova Prata do Iguaçu (PR), junto com seus cooperados, recebe uma bonificação pelo grau de marmoreio e de acabamento na carcaça dos bovinos. Para alcançar as metas que levam à bonificação, a Indira opta pela produção de carne com predominância de bovinos Angus.
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