No quarto episódio desta série de reportagens em homenagem ao bicentenário da cidade, PG+200 anos, pensando no futuro, um assunto importante a ser debatido são os planos de ação do poder público para o desenvolvimento do município, ou seja, o Plano Diretor que orienta o Governo Municipal. E para falar sobre o assunto, convidamos para uma entrevista com Marcos Silva, juntamente com Roberto Ferensovicz, articulista e colunista do Portal, o vereador pelo terceiro mandato consecutivo, ex-presidente da Câmara Municipal e empresário, Daniel Milla; o qual também é um dos maiores representantes do bairro Santa Paula.
Confira abaixo, a entrevista na íntegra com o vereador:
Leia os principais pontos destacados na entrevista:
O que é
O parlamentar conta que em toda cidade, no país todo, é obrigatório ter um Plano Diretor, que é um plano de desenvolvimento do município em todas as áreas. Em Ponta Grossa, a cada dez anos é realizado um plano de ação novo e a cada cinco anos ele é revisado. “A sociedade a cada ano vai desenvolvendo e se transformando na sua evolução; com isso precisam ser atualizadas as legislações e principalmente o desenvolvimento do município“, declara.
O Plano Diretor, conforme conta Daniel, deve prever todas as situações de imprevisibilidade do Governo Municipal, como por exemplo o caso da pandemia de Covid ou obras e construções. Ele diz que se este plano de ação não estiver bem consolidado, o município começa a retroceder, perde investimentos privados e não recebe verbas para investimentos públicos. “É um tema de extrema relevância que nós temos que ter e o cidadão ponta-grossense deve ter conhecimento do quanto isso é valioso”, diz o vereador.
Revisões do Plano Diretor
Ao ser questionado se o Plano Diretor atual, protocolado em 2019 pelo prefeito da época Marcelo Rangel e votado na Câmara Municipal apenas no final de 2022, estava defasado, tendo em vista quase cinco anos para a vigência, ele diz que “não é condizente com a realidade do nosso município, tanto da parte de crescimento (…), quanto da parte construtiva. O plano ficou mais impeditivo; ele contém mais restrições”, diz Milla. Um exemplo é o Lago de Olarias, investimento de mais R$16 milhões de reais e que tornou-se um ponto turístico do município, que não pode receber construções ao redor.
Ele conta ainda que todas as sugestões de melhorias e revisões para o Plano Diretor podem ser levadas ao Comitê de Gestão de Revisão do Plano Diretor, onde podem ser protocoladas através do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (IPLAN), onde serão analisadas.
Ponta Grossa do futuro
Finaliza afirmando que a cidade precisa de modernização e que para isso, precisa apenas abrir espaço para leis de Parceria Público-Privada (PPP), pois atualmente o setor privado quer investir nos municípios. “Ponta Grossa é um canhão para desenvolver, só precisa fazer da maneira correta”, encerra.
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