A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério Público Federal alega que ele esteve envolvido em atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, imputando-lhe crimes como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A acusação foi formalizada no último dia 15 de outubro pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Na peça, Gonet destacou que Léo Índio teria exercido um papel ativo no “planejamento, incitação e execução” dos eventos daquele dia. Segundo a PGR, o denunciado manteve comunicação frequente com outros envolvidos nos atos golpistas e teria incitado publicamente a prática de ações antidemocráticas, além de ter participado ativamente das agressões na Praça dos Três Poderes.
O procurador mencionou que há evidências suficientes para comprovar que Léo Índio aderiu às ações ilícitas executadas por terceiros, demonstrando conhecimento sobre as finalidades dos atos cometidos. Ele foi descrito como incitador e executor das ações antidemocráticas, tendo comparecido aos atos insurrecionais realizados no Congresso Nacional.
No dia 17 de outubro, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF, solicitou que a defesa de Léo Índio apresentasse sua manifestação acerca das acusações. O espaço permanece aberto para que os advogados do acusado se pronunciem.
Gonet ainda citou postagens realizadas por Léo Índio nas redes sociais, incluindo aquelas feitas durante os tumultos de janeiro. Uma publicação relevante ocorreu em novembro de 2022, onde o primo dos Bolsonaro escreveu: “Quer intimidar quem com esse papo furado, vire homem. As FFAA já falaram que os atos não são antidemocráticos. Piadista? O GAME OVER está próximo.” Além disso, mensagens enviadas via WhatsApp indicaram sua predisposição a incitar atos violentos e questionamentos sobre possíveis invasões ao Congresso.
A denúncia também ressalta que Léo Índio participou de manifestações antidemocráticas em acampamentos em frente a quartéis do Exército após a derrota eleitoral do ex-presidente Bolsonaro. Ele acampou até o dia 9 de janeiro diante do Quartel General do Exército em Brasília, fomentando publicamente a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constituídos.
Outro ponto levantado pela PGR refere-se à participação de Léo Índio em grupos de WhatsApp com conteúdo antidemocrático, onde mensagens sugerindo intervenção militar foram compartilhadas. Os grupos mencionados incluem “Vamos lutar pelo Brasil”, “Pátria Amada” e “Brasil é Bolsonaro 2022”.
Além das acusações contra Léo Índio, Gonet requisitou ao ministro Moraes o bloqueio de bens no valor de até R$ 26,6 milhões pertencentes ao primo dos Bolsonaro. Este pedido é uma medida preventiva destinada à reparação dos danos causados pelos atos que resultaram na depredação do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
No decorrer da investigação que culminou na denúncia apresentada por Gonet, Léo Índio foi alvo de duas fases da Operação Lesa Pátria, a qual apura a participação, organização e financiamento dos eventos ocorridos em 8 de janeiro. Esses eventos foram marcados pela invasão e destruição da Praça dos Três Poderes em Brasília.
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