O termo “pobreza menstrual” está em alta nas redes sociais, por conta do veto do presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido), referente a oferta gratuita de absorventes higiênicos, além de outros cuidados com a saúde menstrual para mulheres brasileiras. A decisão, que foi tomada ontem (7) pelo presidente, entrou nos assuntos mais comentados do Twitter. Mas você sabe o que é pobreza menstrual?
Com base no Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pobreza menstrual acontece quando uma pessoa que menstrua não tem recursos, sejam financeiros ou de conhecimento, para cuidar do período menstrual. Nisso se encaixa a falta de verba para a compra de absorventes. Muitas mulheres deixam de trabalhar quando estão menstruadas, por não terem acesso a higiene básica. E o mesmo ocorre com meninas entre 12 a 19 anos, que deixam de ir à escola.
No estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violação de direitos”, publicado em 2021, pessoas de baixa renda que menstruam chegam a usar miolos de pães, em vez de absorventes descartáveis, por conta do preço do produto.
No Paraná, o governador Ratinho Jr. (PS) sancionou a lei 20.717/2021, que pretende combater à pobreza menstrual no Estado. Em Ponta Grossa, projetos sociais como Rosas de Luxemburgo, juntamente com o Casulo Casa Colaborativa, fazem arrecadação de absorventes e distribuem para mulheres em situação de vulnerabilidade.
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