O podcast “Prosa com Mazer” trouxe para a roda dois convidados de peso para um bate-papo sobre diversidade religiosa em Ponta Grossa: o Pai Bruno Grube, líder do Terreiro de Umbanda Esperança Sagrada, e o professor e advogado Ali Mustapha, representante da comunidade muçulmana. O episódio foi recheado de reflexões sobre a importância da fé na vida das pessoas, o papel das religiões em meio a conflitos e preconceitos, e ainda destacou o protagonismo dos povos de terreiro no Carnaval da cidade.
Com formações em sociologia e filosofia, Pai Bruno compartilhou vivências sobre o exercício da fé como um alicerce para enfrentar as adversidades do cotidiano. Já Ali Mustapha, com sua bagagem acadêmica e religiosa, abordou as dificuldades enfrentadas pelos muçulmanos, especialmente diante do atual cenário de guerra e genocídio na Palestina, tema que ganhou espaço especial no episódio.
“A fé, independentemente da religião, dá um norte, um sentido para a existência. Seja ela fé em Deus, na família ou na vida. Ela guia, fortalece e acolhe”, afirmou Mustapha durante o programa.
O programa ainda contou com a participação do colunista fixo Felipão, que sempre encerra os episódios com reflexões afiadas e sorteios para os ouvintes. A coluna “Ade mesmo ” já virou tradição entre o público do Prosa com Mazer, promovendo interação, críticas sociais e um toque de leveza após temas intensos debatidos ao longo dos episódios.
Durante o episódio, Ali Mustapha não poupou críticas ao que chamou de genocídio sistemático na Palestina, citando o silêncio internacional e o papel da mídia hegemônica na distorção dos fatos. Segundo ele, mais de 51 mil mortes já foram registradas, fora os desaparecidos e o sofrimento causado pela fome, epidemias e falta de recursos.
“Não é guerra, é genocídio. A outra parte está desarmada, isolada, morrendo de fome e doenças. E o mundo, em sua maioria, permanece calado”, desabafou o professor.
A presença de Pai Bruno também trouxe à tona um exemplo inspirador de resistência religiosa e cultural: o Bloco do Zé Pelintra, criado a partir de um pedido espiritual e transformado em movimento público de ocupação das ruas pela Umbanda. O bloco, que desfilou no Carnaval de Ponta Grossa, rompeu estigmas e foi surpreendentemente bem acolhido pela população.
“Esperávamos agressões, mas fomos recebidos com aplausos e alegria. Foi uma surpresa linda. Hoje, o bloco é um convite a todos os terreiros da cidade para ocuparem esse espaço de expressão e fé”, contou Pai Bruno.
O episódio foi um verdadeiro manifesto por mais empatia e respeito às religiões de matriz africana e ao Islã, mostrando que diversidade religiosa é também uma pauta de direitos humanos. O Prosa com Mazer segue abrindo espaço para temas urgentes, com escuta atenta e respeito à pluralidade.
Para quem ainda não acompanha o podcast, os episódios estão disponíveis nas nas redes sociais do BnT. E não esqueça: sempre tem sorteio ao final!
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