Policarpo comia de tudo. Era um bicho desengonçado e lento. Já estava na casa havia uns cinco anos. As crianças estranharam, disseram que era esquisito. Por que não um cachorro ou um gato? Logo uma tartaruga pré-histórica. Passado algum tempo, perceberam a semelhança entre o Policarpo e o dono da casa, este último pesado, lento, cara apática e somente preocupado em comer, pastel, pizza, frango assado, feijoada. O Policarpo sempre rondava o comilão durante seus variados lanches a qualquer hora do dia ou da noite e passou a ganhar e a comer de tudo que o moço comia.
Numa madrugada, o homem teve um mal súbito e morreu. A casa passou alguns dias no tumulto do velório, enterro e visitas de condolências. Só se deram conta pelo mau cheiro, um odor de coisa podre vinha do canto da sala de televisão. Policarpo já estava em decomposição.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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