Uma operação realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã de terça-feira, 17 de dezembro de 2024, resultou na prisão de sete pessoas, incluindo um delegado e três policiais civis de São Paulo. Esses indivíduos são suspeitos de colaborar com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais poderosas do Brasil. A operação ainda busca um policial que permanece foragido.
As investigações que levaram a essas prisões são resultado de um cruzamento de dados de diversas apurações sobre o PCC. O esquema criminoso identificado envolve:
A ação foi coordenada pela PF em colaboração com promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), além do apoio da Corregedoria da Polícia Civil. A Justiça autorizou a prisão temporária dos investigados, além de buscas e apreensões em locais relacionados a eles, bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens.
Entre os detidos, destaca-se o delegado Fabio Baena, acusado pelo delator Vinícius Gritzbach de extorsão. Na época dos fatos, Baena liderava uma investigação na qual Gritzbach era suspeito de ter ordenado o assassinato de dois membros do PCC. Além dele, foram presos os policiais:
O policial foragido é Rogério de Almeida Felício, que, segundo informações, atua como segurança do cantor Gusttavo Lima.
Outros suspeitos de envolvimento com o PCC incluem:
Nome | Apelido |
---|---|
Ademir Pereira Andrade | – |
Ahmed Hassan | – |
Robinson Granger de Moura | Molly |
O advogado Daniel Bialski, que defende Baena e Monteiro, considera a prisão uma “arbitrariedade flagrante”. Ele argumenta que os fatos que fundamentam a prisão já foram investigados e arquivados pela Justiça, conforme recomendação do Ministério Público. Bialski acrescentou que ambos os acusados compareceram espontaneamente para serem ouvidos e nunca obstruíram as investigações.
A defesa de Marcelo Ruggeri ainda não teve acesso aos autos do processo, mas já manifestou a opinião de que a prisão é precipitada.
A operação contou com a participação de 130 policiais federais e promotores, com o suporte da Corregedoria. Ao todo, foram cumpridos 8 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão na capital paulista e nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.
Os investigados enfrentam acusações de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, além de ocultação de capitais. As penas somadas para esses crimes podem alcançar até 30 anos de reclusão.
Os policiais civis presos são suspeitos de colaborar com o PCC, garantindo proteção e facilitando a lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis através de intermediários ou empresas de fachada. Além disso, teriam desviado bens que deveriam ser apreendidos, levantando sérias questões sobre a integridade e a ética nas forças de segurança pública.
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