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Policiais Militares são acusados de torturar e estuprar jovem em Ponta Grossa

A 1º Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ponta Grossa recebeu um processo de pedido de indenização, por danos morais, em decorrência de ação atribuída à policiais que compõem o grupo CHOQUE do 1º Batalhão de Polícia Militar da cidade de Ponta Grossa. Na ação os policiais são acusados de torturarem e estuprarem com um cabo de vassoura um jovem de 27 anos.
De acordo com o pedido representado pelo advogado Luis Carlos Simionato Junior, os policiais são acusados de tortura e estupro. Na ação o consta o indicativo de tortura por parte dos agentes de segurança do Estado os quais o fizeram

“com o uso de sacos plásticos para sufocamento (envolvendo a cabeça), pontapés, socos e tapas… e para satisfazer a própria lascívia, introduziram um cabo de vassoura no ânus da vítima”

(Trecho retirado da Ação indenizatória).

Para Simionato o crime com requintes de crueldade e maldade foram impetrados por “Bandidos disfarçados de Policiais Militares”.

Versão da vítima

A vítima afirma que no dia 10 de dezembro de 2021, estava em uma festa com amigos quando a residência foi invadida por Policiais Militares que usaram de muita brutalidade com todos os presentes, segundo a vítima as equipes procuravam por armas e drogas, ao ser indagado diversas vezes o mesmo afirmou não ter conhecimento sobre armas e drogas.
Algumas pessoas evadiram-se do local e um dos foragidos derrubou uma arma calibre .38, a qual foi apanhada pela equipe policial.
Neste momento foi constatado que a vítima possuía antecedentes criminais, e os policiais começaram a tortura, a qual além de agressões como chutes e ponta pés, teria sido feito o uso de saco plástico para sufocar o jovem, o qual afirmou ter desmaiado três vezes.
Os policiais insistiam que a vítima afirmasse possuir armas e drogas, o qual para se ver livre da tortura afirmou ter conhecimento do local onde estaria armazenada uma certa quantia de entorpecentes. Em posse da vítima, as equipes seguiram para o endereço repassado, o qual na realidade se tratava da residência da advogada do detido.
Ao observar a tentativa do jovem, os policiais deixaram o endereço e dirigiram para outro local, onde ocorreu nova tortura, e desta vez um cabo de vassoura foi introduzido no ânus da vítima.
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Tornozeleira Eletrônica

Respondendo por participação em assalto, a vítima estava em liberdade assistida e fazia o uso de tornozeleira eletrônica, a qual registrou via GPS toda a movimentação ocorrida no dia da ação de tortura.

Laudos IML

A vítima, instruída por seu advogado compareceu ao Instituto Médico Legal, onde um exame de corpo de delito foi realizado, tal procedimento confirmou as lesões e tortura sofrida pela vítima.

“Ao exame, ora realizado apresenta hematoma no olho esquerdo, escoriações nos pulsos, escoriações nos dois cotovelos, escoriações nos dois joelhos, apresenta várias escoriações em região lombar e também apresenta fissura em região anal, SIC que foi produzida por um cabo de vassoura”.

O que diz a defesa

Para o advogado Luis Carlos Simionato Junior os policiais militares agiram SIC

“DE FORMA BÁRBARA, COVARDE E INACEITÁVEL TORTURARAM O AUTOR, com o uso de sacos plásticos para sufocamento (envolvendo a cabeça), pontapés, socos e tapas, visando informações sobre eventuais traficantes de armas e drogas que conhecesse ou que admitisse a posse de bens ilegais”.

Simionato afirma ainda que a Ação foi distribuída na Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa e para o Ministério Público.

O que diz o 1º BPM

O 1º Batalhão de Polícia Militar foi procurado pela redação do Portal BnT Online de modo a esclarecer os fatos e ouvir todos os lados envolvidos na ação, contudo, o órgão informou que nenhuma reclamação foi protocolada junto ao Comando.

“Informamos que até o presente momento nenhuma reclamação desta natureza foi protocolada junto ao Comando do 1° BPM.Informamos ainda que todos os detidos são apresentados ao Poder Judiciário por meio de Audiência de Custódia e submetidos a exames de lesão corporal.”

Acompanhe a entrevista exclusiva do advogado Luis Carlos Simionato Junior, ao Portal BnT Online.
Carlos Rafael Ozório

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