Foto - Redes Sociais
A soldado Mayara Kelly Gomes Silva, integrante da Polícia Militar do Ceará (PM-CE), foi alvo de uma punição administrativa que resultou em dois dias de prisão, decorrente de publicações feitas em suas redes sociais. Os vídeos em questão foram postados em abril e junho de 2023 e incluem um em que a policial aparece lavando uma viatura e outro onde demonstra o uso de um torniquete, dispositivo utilizado para conter hemorragias.
A defesa da soldado expressou surpresa com a decisão, considerando-a um “equívoco” e já recorreu da sanção imposta. Os advogados argumentam que o caso representa uma “quebra da isonomia”, apontando que outros policiais, especialmente homens, realizaram publicações similares sem enfrentar punições.
De acordo com a PM-CE, a sindicância que levou à sanção da soldado permitiu que ela apresentasse sua defesa. O subcomando da corporação enfatizou que, apesar do direito à liberdade de expressão, o uso do fardamento oficial e a exposição de viaturas em redes sociais deve ser feito com cautela e autorização prévia, para não comprometer a disciplina e o decoro militar.
Nos vídeos compartilhados em sua conta pessoal no Instagram, Mayara Kelly, que integra a 1ª companhia do 11º Batalhão de Polícia Militar, visa inspirar outras mulheres a se juntarem à força policial. Com um público de 41 mil seguidores na plataforma, a soldado enfatizou durante a sindicância que suas intenções eram educativas e motivacionais.
No vídeo sobre o torniquete, por exemplo, Mayara refutou estereótipos sobre o papel das mulheres na polícia, afirmando que elas exercem funções diversas além do administrativo. Contudo, a sindicância registrou que a policial tinha conhecimento prévio das diretrizes sobre suas publicações nas redes sociais, após orientações recebidas anteriormente pelo comando.
Embora tenha recebido elogios por seus serviços ao longo dos anos desde seu ingresso na corporação em outubro de 2017, a PM-CE também destacou que houve uma reprimenda anterior em 2024. A defesa da soldado acredita que a interpretação das normas disciplinares aplicadas no caso é excessivamente rigorosa.
O advogado Francisco Sabino, representante legal de Mayara Kelly, criticou a decisão de punição administrativa, observando os impactos negativos que isso pode ter na vida familiar da policial e ressaltando o caráter educativo dos vídeos. Ele argumenta ainda que as postagens não configuram infrações que possam desmerecer a corporação ou comprometer sua imagem.
Em resposta às alegações da defesa, o Comando da Polícia Militar do Ceará reafirmou seu compromisso com os princípios disciplinares e hierárquicos da instituição. A nota divulgada pela corporação reiterou que a sindicância foi conduzida de acordo com os preceitos legais e que ainda existe um prazo para recorrer da decisão.
A situação levanta questões importantes sobre o uso das redes sociais por membros da corporação e como isso se relaciona com as normas disciplinares estabelecidas pela PM-CE, especialmente em um momento em que as interações online estão cada vez mais integradas ao cotidiano profissional.
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