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Ponta Grossa: “Casa do Divino” festeja 142 anos

Uma programação especial durante todo o dia de segunda-feira (4) festejou os 142 anos da Casa do Divino em Ponta Grossa. Desde a manhã, houve venda de pastel, bolo, café e refrigerante, apresentações musicais dos festeiros e, às 15 horas, uma missa em ação de graças e a entrega da Declaração do Tombamento do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac), atestando que o imóvel e os Festejos do Divino fazem parte da história e da cultura do povo ponta-grossense, sendo um dos mais importantes marcos do Patrimônio Histórico Cultural da cidade.

As declarações foram entregues pela professora Elizabeth Johansen à coordenadora da Casa do Divino, Lídia Hoffmann Chaves. A professora defendeu, em abril de 2019, sua tese de doutorado: ‘A devoção ao Divino, os devotos e a Casa do Divino: a instituição de um Patrimônio cultural em Ponta Grossa’. A professora pertence ao Departamento de História do Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, mas pesquisou a Casa do Divino no âmbito da Geografia, a trabalhando na perspectiva, diferente, como um lugar de devoção, como ela mesmo explicou em uma entrevista ao canal Ciência Campos Gerais, em dezembro de 2019.

“Se trata de uma importante construção e devoção. É com muita alegria e honra que eu entrego à Lídia essas duas declarações. Estava lembrando que há mais ou menos dez anos, vim pedir autorização para pesquisar a Casa do Divino e, dessa pesquisa, se pode afirmar que a Festa do Divino é patrimônio de Ponta Grossa, sim, ela nos representa. Fui apresentar a nossa Casa do Divino em Portugal, onde começou a festa, em Alenquer, cidade da rainha Santa Isabel. Eu tive a honra e a oportunidade de levá-la para o lugar da origem da festa”, contou.

Lídia Hoffman agradeceu o trabalho feito pela professora. “A Eliza (professora Elzabeth Johansen) esteve acompanhando as nossas atividades da Casa, as visitas, e se tornou uma devota. Foi até apresentar esse trabalho em Portugal. Nós somos muito importantes. Agradeço a Diocese, ao padre Ivan (Antônio Ivan de Campos) pelo apoio, ao Compac e à prefeitura. Nós, católicos, temos que ter orgulho desse reconhecimento”, ressaltou.

Padre Ivan de Campos, pároco da Catedral/Paróquia Sant’Ana, que celebrou a missa de ação de graças, afirmou que espera que esse reconhecimento acrescente ainda mais graça, mais firmeza a essa devoção, “a essa casa, na construção de nossas famílias, na promoção da paz na nossa cidade. Que seja mais um ícone da família ponta-grossense, que busca crescer ainda mais”, enfatizou o pároco.

História

  Na entrevista de 2019, a professora citou que, em 1882, Ponta Grossa vivia a transição de vila para município, estava para ter o seu primeiro prefeito, só contava com Câmara de Vereadores e ainda pertencia, de certa maneira, a Castro. Tinha aproximadamente quatro mil habitantes. A minoria morava no quadrilátero mais antigo da cidade, na região da Catedral. “A proprietária da, hoje, Casa do Divino, dona Maria (Maria Júlia Xavier) tinha problemas de memória. Um dia, saiu de casa e ficou muitos dias sem dar notícias. A família a deu como morta. Tinha saído no sentido Castro e, na região da Fazenda Carambeí, ao atravessar um arroio, achou a imagem de uma pomba de asas abertas, que é símbolo do Divino Espírito Santo. Quando acha, toma consciência de quem era e volta para casa. Esse é o mito fundador, o milagre fundador da devoção aqui”, detalhou.

Quando chegou em casa e voltou com a imagem, na pequena vila, a notícia correu muito rápido. “As pessoas foram na casa dela para ver que realmente estava viva e que imagem era aquela. E, no século XIX, já existiam festas do Divino em Ponta Grossa. No Brasil, chegou por volta de 1870, junto com as primeiras caravelas. Era uma prática portuguesa. No final do século XIV, a cidade de Alenquer instituiu a festa em honra ao Divino Espirito Santo, que tomou vulto e se espalhou por toda a Portugal e pelos territórios conquistados, sendo levada a todo o mundo. Até hoje se encontra a festa nos Estados Unidos, na Europa e na África católica. Era o chamado ‘Catolicismo Regalista’, antigo, do Brasil colônia, sem muitos padres. Um catolicismo essencialmente leigo, laico. Essa é a característica da Casa do Divino”, explicou a professora doutora.

Das assessorias

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