A Prefeitura de Ponta Grossa, em comum
acordo com a Prefeitura de Carambeí, interditou nesta sexta-feira (18), a Ponte
Preta, que faz a ligação entre a região do Alagados e o distrito de Catanduvas,
no município vizinho. No momento, não há previsão para liberação, por medida de
segurança dos usuários da ponte, devido ao fato da estrutura estar
comprometida. Ambas as prefeituras aguardam laudo do Departamento de Estradas e
Rodagem (DER) para estudar as medidas a serem tomadas.
A decisão foi tomada após reunião
ocorrida na Prefeitura de Ponta Grossa, na tarde da última quinta-feira com
representantes da Defesa Civil e secretários municipais de ambos os municípios,
além de representantes de diversas entidades do setor agrícola. A reunião foi
convocada após uma vistoria efetuada nesta semana, em conjunto por membros da
Defesa Civil dos municípios de Ponta Grossa e Carambeí, bem como de um técnico
do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que constatou que toda a estrutura
da ponte, executada em concreto armado, está comprometida e apresenta riscos de
desabamento.
Segundo o termo de vistoria, a
interdição se dá pelo fato da ponte contar com um trânsito constante de
veículos pesados, no atendimento não apenas do escoamento da produção agrícola,
mas também no transporte de adubos, grãos, defensivos agrícolas e equipamentos
agrícolas de diversas finalidades, além de intenso tráfego de veículos de
pequeno e médio porte.
A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth
Schmidt, destaca que o córrego que passa nesse local faz parte do conjunto
hídrico da Represa do Alagados, que atende o abastecimento de água do município
de Ponta Grossa.
“Além da segurança dos usuários da ponte, a medida também visa
evitar problemas maiores para a cidade, por isso a importância da interdição”,
explica Elizabeth.
Já a prefeita de Carambeí, Elisangela
Pedroso, comenta que mesmo considerando o transtorno que a medida ocasionará
para os produtores de ambos os municípios, a responsabilidade da decisão é
grande.
“Em virtude disso, a interdição é necessária, pelo menos, até o
recebimento do laudo do DER, para estudarmos de maneira conjunta as medidas a
serem tomadas para reforma da estrutura da Ponta Preta”, avalia Elisangela.
O secretário municipal de Planejamento e
Infraestrutura, Henrique do Vale, comenta que tão logo o laudo do DER seja
entregue, a SMIP entrará em contato com a empresa responsável pelo projeto de
recuperação da ponte, para saber se a estrutura ainda tem condições de ser
arrumada ou se terá de ser construída uma nova. Do Vale adianta que medidas
emergenciais serão tomadas para que o fluxo na região volte à normalidade o
mais rápido possível. “Estamos em busca de uma travessia emergencial para os
próximos dias. Porém, a interdição da ponte é uma necessidade diante dos riscos
de acidente ou contaminação do manancial que abastece a cidade”, pondera.
Devido a interdição, o transporte de
cargas e mesmo os carros de passeio que passavam pela Ponte Preta para chegar
em Carambeí, pelo distrito de Catanduvas terão que utilizar o túnel do Núcleo
San Martin, próximo ao antigo Matadouro Municipal, como também pelo acesso do
Núcleo San Martin para o Núcleo Dal Col, pelo empreendimento Residencial
Pacaembú que está em construção. “Os caminhões maiores terão que optar pelo
caminho dentro do Residencial, em virtude do túnel ser muito estreito”,
finaliza o secretário interino de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de
Ponta Grossa, Alexandre Oliveira.
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