Naquele dia o homem se fez presente. Trazia nas mãos um presente e não se saberia quem possuía maior teor de presença: ele ou o presente. O embrulho era mole, revestido por um papel finíssimo, feio e de mau-gosto. Talvez fosse o gosto da mulher que detectasse estranhezas avessas ao teor da data. Um aniversário marcado por um encontro, mas aquele pacote parecia fazer um confronto, tão feio era. Auto questionamentos e repreensão: “Como alguém pode diminuir do presente a nobre intenção?” Então melhor não pensar e deixar o poder da data suplantar a desmotivação com o tal pacote. Beijos, abraços, afeto, amor em gesto e ato que parecia ser amor de fato.
Abriu o pacote, não havia como não abrir. Silêncio absoluto, o que se encontrou foi muito pior do que o conjunto: uma peça de roupa horrível, muito mais deplorável do que o papel. O amor quando encontra um pacote feio é porque também se tornou desatrativo. Amor morno, mal amado, mal cuidado.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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Belíssimo texto. Que lindo poema. Obrigada por este presente :-)