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Presidente Lula erra feio ao atacar Sérgio Moro nesse momento, por Roberto Ferensovicz

Nesta semana, o país ficou assustado com a divulgação do Ministro da Justiça Flávio Dino de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) estava prestes a executar um plano de sequestro e execução de servidores, autoridades e políticos, dentre eles o Senador Sérgio Moro e Lincoln Gakiya. Os dois foram responsáveis pela transferência do traficante Marcola e outros líderes do PCC para presídios federais de segurança máxima.

Essas transferências causaram muitos problemas para o crime organizado. Além desses crimes o grupo planejava o resgate do traficante Marcola que hoje está no presídio de Brasília.

No dia seguinte à divulgação deste plano e da prisão dos criminosos pela Polícia Federal, o presidente Lula deu entrevista dizendo que “o Senador Sérgio Moro teria armado tudo isso para se fazer de vítima, que o plano de sequestrar e matar o ex-juiz seria uma fraude, disse ainda que não ia acusar ninguém, mas ia investigar”.

A fala do presidente foi totalmente inoportuna e infeliz, como assim ia investigar? Então o trabalho de inteligência da Polícia Federal, dos servidores efetivos da instituição não tiveram nenhum valor? Foram eles que desmantelaram a quadrilha e evitaram um possível ataque a estas autoridades bem como os policiais e agentes penitenciários.

Outra questão, quem anunciou as prisões e o plano dos criminosos foi o seu Ministro da Justiça, com essa fala o presidente coloca em descredito uma das maiores autoridades do país, alguém de sua confiança.

O presidente devia esquecer as divergências que possui com o ex-juiz, divergências essas que podem ter todo o sentido, toda razão, mas nesse momento o inimigo é um só, o crime organizado, ele sabia muito bem que o alvo dos criminosos não era apenas o seu desafeto, diversas outras pessoas estavam no alvo destes criminosos.

Mesmo que o único alvo fosse o ex-juiz, não caberia tal acusação, pois os familiares de Sérgio Moro também eram alvos e também corriam risco de morte; e  desejar a morte de alguém, mesmo que seja do seu pior inimigo é algo repugnante, principalmente vindo da autoridade máxima do nosso país.

Leia também: As vezes a gente se engana, mas as vezes enganam a gente

Roberto Ferensovicz

Servidor público municipal há 28 anos. Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ponta Grossa (SindServ-PG)

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