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Professores de Castro se encontram na Câmara, mas PL que altera data-base ainda não tem dia para votação

Durante a sessão da Câmara de Castro vários professores que estão preocupados com o Projeto de Lei Complementar n°04/2023 que altera a data-base da categoria, esperavam que o PL entrasse em 1° discussão e votação nesta quarta-feira (25). Como não estava em pauta na sessão, o projeto ainda não tem uma data para entrar em debate. Vale lembrar que na sexta-feira (20), houve uma reunião sobre o assunto entre alguns vereadores, o prefeito Álvaro Telles e o deputado Moacyr Fadel, bem como também uma nota de apoio do Sindicato dos Servidores Municipais de Castro (Sismuca) aos professores.

Ainda na Câmara, os profissionais da educação conversaram entre eles o que podem esperar sobre a alteração da data-base, qual passará de janeiro para abril.

A reportagem do Portal Boca no Trombone conversou com Pablo Teixeira que é professor do CMEI Nosso Lar, no Jardim Bela Vista. Ele disse que “esperávamos que a gente não perdesse a data-base e não retrocedesse a questão do nosso aumento, que é de acordo com o piso nacional. Então, se reunimos nessa semana e foi decidido que vai ser alterado a data-base para o mês de abril, e se possível o município tiver verba até lá, pagar a metade em abril e a metade no 2° semestre, mas infelizmente não sabemos de como vai ser votado agora nas próximas sessões essa emenda que vai vir”.

Pablo também comenta que “recebemos o piso em janeiro porque foi votado e conseguimos esse direito em janeiro e só por dois anos. Infelizmente agora vai ser votado para abril, porque o município segundo os vereadores e o próprio prefeito, dissem que não vai ter condições até lá. Com isso, foi negociado até abril para dar essa folga para a prefeitura”.

O professor da rede municipal esclarece que apesar da votação ainda não ter uma data certa, o vereador e professor Jonathan Barros falou sobre dados que a prefeitura gasta com transporte, e que a maior parte da verba é do transporte da prefeitura e que a União e o Governo do Estado ajudam um pouco. “Porém, nós como professores a gente quer saber em relação ao nosso salário e se vai ser pago corretamente, e ainda está muito incerto isso […]. O piso nacional hoje com o professor, quem entra com o nível básico de magistério é em torno de R$ 4.400,00 e isso é que a gente não quer perder, porque a tabela nossa seja sempre reajustada todo ano que não volte a complementação, porque senão vai defasar muito os salários das pessoas daqui 5 e 10 anos”, argumenta Pablo Teixeira.

Por fim, Pablo destaca que “nossa expectativa maior é de que a gente não perca os direitos que conquistamos, que é a questão da complementação que não retroceda nesse ponto novamente, e que seja reajustado todo ano a nossa tabela, para que a gente não perca aquele aumento real de salário. A negociação pode ser para abril, em pagamento único, para dar esse respiro para a prefeitura, porque os servidores do município recebem em abril, só não queremos que volte a complementação”.

Projeto de Lei

A justificativa do projeto é de que nos termos da redação atual do Estatuto dos Servidores de Castro, há duas datas-base para a concessão da recomposição anual dos vencimentos, sendo uma específica para o cargo de professor. “Contudo, o presente Projeto de Lei Complementar visa alterar a data-base dos professores, fazendo coincidir com a dos demais servidores, em razão das dificuldades contábeis e administrativas para a implementação de novo valor salarial durante o período de recesso e férias administrativas”.

Após a reunião entre alguns vereadores e com o prefeito Álvaro Telles para tratar sobre o projeto, o deputado Moacyr Fadel disse que “discutimos alternativas para que os professores não percam o que eles conquistaram. Vai ser pago a data-base no mês de abril e parcelado em duas vezes, ou seja, abril começa a pagar e depois do 2° semestre começa a pagar parcelado para também ajudar a prefeitura, por causa da queda que houve na arrecadação e os recursos não estão vindo como eram um e dois anos atrás. Dessa forma ajuda a prefeitura, se tiver orçamento será pago em duas parcelas, e vindo recurso faz a complementação. Isso será feito uma emenda no projeto”.

Já nas redes sociais, os vereadores Maurício Kusdra, Paulinho Farias e Rafael Rabbers, divulgaram um post sobre o projeto e se posicionam contrários ao Projeto de Lei Complementar.

Nota do Sismuca

O Sindicato dos Servidores Municipais de Castro (Sismuca) divulgou uma nota sobre o projeto e declarou apoio aos professores. “O Sismuca declara total apoio à classe do Magistério contra a aprovação do Projeto de Lei Complementar n°04/2023 e comunica que a comissão diretiva representante da classe, irá dialogar com os representantes do Legislativo e com o Executivo solicitando a revogação e/ou suspensão da votação do mesmo. Seguerimos lutando pela garantia da manutenção das conquistas referente ao piso e reajustes, bem como pela valorização de todos os trabalhadores”, detalha a nota do Sismuca.

Leia também: Prefeitura de Castro abre inscrições para 27 vagas de estágio em diferentes áreas

Matheus de Lara

Jornalista formado pelo Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal) de Ponta Grossa. Graduado em dezembro de 2019, já trabalhou por dois anos em jornal impresso em conjunto com um portal de notícias. Atualmente exerce o cargo de jornalista no Portal Boca no Trombone, desde 13 de março de 2023.

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