A tarde era de sol. Um calor gostoso. Tempo de se espreguiçar e ver passar pessoas, carros, crianças, mães correndo atrás delas, casais olhando para o infinito e para a finitude entre eles, mesas de uma cafeteria que esperavam por quem viesse lhes visitar.
Na nostalgia das possibilidades que visitam o presente, a sede falou mais alto. Na direção do balcão, o atendente já se preparava, solícito a qualquer pedido:
• Uma água mineral e um copo com limão, por favor.
A face cordial em constrangimento e em meio sorriso confessou:
• Não podemos servir limão.
Agora é a minha face que tem as maçãs remexidas em interrogação:
• Como assim, proibiram o limão? E o coitado, o que fez para tamanha rejeição?
As covinhas das maçãs do homem ficaram expostas a novo constrangimento. Ainda assim, insistiu num sorriso treinado para clientes:
• Não podemos manipular limões.
A garrafa solitária ao lado de um copo vazio para lhe receber. O calor da tarde era perfeito e a mente em ponderação: o que teria aprontado o inocente limão para receber tal exclusão?
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