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Projeto de Lei em PG busca incluir vítimas de violência doméstica no programa Lar Acolhedor

O Mandato Coletivo de Ponta Grossa protocolou na Câmara, na última semana, o Projeto de Lei nº341/2023, que promove alterações no Programa Lar Acolhedor para incluir, entre as pessoas beneficiadas pelo aluguel social do programa, mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

O Programa Lar Acolhedor, implementado pela Lei Municipal 13.245/2023, estabelece a concessão de benefício financeiro mensal para cobertura de despesas com moradia de famílias de baixa renda. A alteração se mostra necessária para incluir, dentre as beneficiárias do referido Programa, mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

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“Essa é uma demanda que captamos numa reunião da Frente Feminista com a coordenadora da Casa da Mulher de PG, Camila Sanches. Ela nos relatou que havia necessidade de alteração na lei para estender esses atendimentos a mulheres vítimas de violência, pois estão tão vulneráveis quanto pessoas cuja casa está em más condições ou vão ser desapropriadas por obra pública”, informa a covereadora Ana Paulo de Melo, integrante do Mandato Coletivo.

Violência doméstica sobe no Paraná

A violência doméstica é um problema de saúde pública, além de ser considerada violação dos direitos humanos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% das mulheres no mundo já foram violentadas física ou sexualmente durante suas vidas, geralmente por parceiros íntimos.

No Brasil, de acordo com a pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança, a cada quatro horas, ao menos uma mulher é vítima de violência doméstica. O estado do Paraná registrou 44.493 novos casos de violência doméstica ao longo de 2022, segundo dados do Tribunal de Justiça (TJ-PR).

A média de casos de violência doméstica no estado subiu 37% nos primeiros 3 meses de 2023, de acordo com comparativo, feito pela BandNews, com a média mensal do trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2022.

Quase metade dos agressores são cônjuges ou namorados

Em Ponta Grossa, considerando os casos de medida protetiva de urgência tramitados em 2020 no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da comarca local, em 48% deles o autor da violência tinha alguma relação íntima de afeto com a vítima (cônjuge ou namorado) (MIRANDA, 2021).

Ainda de acordo com o estudo de Miranda (2021), as vítimas de violência em Ponta Grossa são mulheres adultas, em sua maioria casadas e, de forma predominante, possuem pelo menos um filho menor e que reside com a vítima – fato que figura como uma das justificativas para a desistência da medida cautelar.

Dentre os diversos aspectos envolvidos no processo de violência doméstica está a dependência econômica da mulher em relação ao agressor/cônjuge, o que condiciona a vítima a permanecer no ciclo da violência ao não encontrar meios necessários para deixar de residir junto ao agressor.

Desta maneira, a propositura em questão pretende aprimorar a lei já existente, para que esta possa garantir às mulheres em situação de vulnerabilidade social e de violência a oportunidade de superação do ciclo da violência, e de preservação de sua integridade física e psicológica.

Lar Acolhedor

O Programa Lar Acolhedor concede a famílias em situação de risco – onde há necessidade de realocação – um benefício financeiro mensal para pagamento de aluguel de imóveis a terceiros. O auxílio, atualmente de 598 reais, é destinado às famílias por até 90 dias, podendo ser prorrogável por mais 90 dias mediante análise de uma equipe técnica do município.

Das assessorias

Textos produzidos pelas assessorias de imprensa. Sejam dos órgãos públicos, de empresas da iniciativa privada ou de organizações do terceiro setor.

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