O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) é a unidade da Polícia Civil (PCPR) responsável por investigar crimes de violência contra crianças e adolescentes. Em 2022, a delegacia instaurou 1.828 inquéritos referentes a crimes praticados contra o público infanto-juvenil em todo o Paraná – um inquérito pode envolver uma ou mais pessoas.
No período, os crimes mais frequentes foram estupro de vulnerável, lesão corporal e importunação sexual. Além disso, também houve registros de maus tratos, crimes sexuais e fornecimento de produtos que causem dependência química.
A delegacia, que existe desde 2014, apura crimes de lesão corporal grave, gravíssima ou qualificada pela violência doméstica, como estupros, situações de pedofilia, tortura e outros crimes. No local, são atendidas crianças de 0 a 12 anos. Seu objetivo é garantir a segurança, tranquilidade e equilíbrio emocional para as vítimas e seus familiares. Atualmente, sete unidades do Nucria estão distribuídas em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranaguá e Ponta Grossa.
Em 2022, o Nucria Curitiba concluiu 320 inquéritos policiais. As investigações resultaram em 99 prisões, sendo 38 por mandados de prisão e 61 em flagrante. Além disso, foram feitas 2.320 escutas especializadas e registrados 1,8 mil boletins de ocorrência.
Em Paranaguá, no Litoral, foram instaurados 137 inquéritos policiais, com 10 prisões. Na cidade de Ponta Grossa (Campos Gerais), foram 268 inquéritos policiais e as investigações resultaram em 13 prisões. Em Foz do Iguaçu, no Oeste, foram 181 inquéritos policiais instaurados e uma prisão realizada. Já no Nucria de Maringá (Noroeste) foram registrados 270 inquéritos policiais e as investigações resultaram em seis prisões e seis mandados de busca.
Na unidade de Cascavel (Oeste) foram instaurados 298 inquéritos e cumpridos quatro mandados de prisão. No município de Londrina, na região Norte, foram concluídos 354 inquéritos e realizadas seis prisões
A delegada Ellen Vycter, que atua no Nucria, explica que para fazer o atendimento adequado os servidores passam regularmente por capacitação para melhor atender as vítimas e familiares. “Essa unidade policial tem um ambiente acolhedor e humanizado, que tem como finalidade evitar novos problemas ao público infanto-juvenil”, conta.
Segundo ela, as unidades do Nucria adotam o procedimento de escuta especializada e as oitivas são feitas por psicólogos em uma sala lúdica. O objetivo é proporcionar um local acolhedor para a criança e adolescente vítima de crime.
“Essa forma de escuta tem o objetivo de assegurar o acompanhamento da vítima ou da testemunha de violência para a superação das consequências da violação, limitado ao estritamente necessário para o cumprimento da finalidade de proteção social e de provimento de cuidados”, informa a delegada da PCPR. “Estamos atuando em rede e de maneira organizada para coibir cada vez mais a violência contra esse público”.
DENÚNCIAS
É dever de todo o cidadão formalizar denúncia ao tomar conhecimento da prática de algum crime contra criança ou adolescente. A PCPR solicita a colaboração da população com informações que auxiliem em casos e investigações de violência contra crianças e adolescentes. As denúncias podem ser feitas via telefone e de forma anônima através do 197, da PCPR e do Disque-Denúncia 181. Se a violência estiver ocorrendo naquele momento, a pessoa deve acionar a Polícia Militar por meio do telefone 190.
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