A safra do milho brasileiro deve alcançar produção recorde no inverno de 2023, chegando a 95,9 milhões de toneladas colhidas.
Apesar do atraso da semeadura por conta das chuvas intensas no começo do ano, o resultado representa um incremento de 5,5% em relação ao ano passado. Os dados são da 4intelligence, startup que desenvolve soluções para apoiar empresas – de toda a cadeia do agronegócio por meio da inteligência artificial.
Utilizando imagens de satélite, a companhia 4intelligence monitora remotamente as regiões brasileiras produtoras de milho durante o inverno, gerando dados climáticos georreferenciados e acompanhando o desenvolvimento das lavouras desde o momento do plantio até a colheita. Este ano, está acompanhando mais de 420 municípios produtores do grão, o que equivale a 12 milhões de hectares de área com cultivo.
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O levantamento aponta ainda que os produtores dos estados de Goiás e Mato Grosso, onde o plantio não sofreu atrasos significativos, deverão alcançar as maiores produtividades médias do país, com 106,5 e 106,3 sacas por hectare, respectivamente. De acordo com os estudos da startup, a produtividade nos municípios da região central do Mato Grosso, como Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, pode ultrapassar 110 sacas por hectare.
Por outro lado, o plantio de milho da safra de 2023 no Paraná e no Mato Grosso do Sul foi o mais tardio de toda a série histórica, iniciada e 2016. Dados do monitoramento remoto da 4intelligence indicam que, até o final de fevereiro deste ano, apenas 60% da produção nesses locais havia vingado. Normalmente, nessa época, é comum que 80% das lavouras já tenham a emergência do milho.
Esses resultados ocorreram devido ao prolongamento da safra de soja. As chuvas intensas nos meses de janeiro e fevereiro dificultaram a colheita mecanizada devido ao solo excessivamente úmido. Consequentemente, os produtores esperaram condições climáticas mais favoráveis para iniciar a colheita.
Apesar do calendário atípico, o impacto na produtividade média será pequeno. As precipitações ocorridas em abril favoreceram, na medida ideal, o desenvolvimento das lavouras em praticamente todas as áreas. Dessa forma, a plataforma indica que o produtor paranaense obtenha 93,4sacas por hectare, uma redução de 1,5% frente à safra de 2022. Já no sul mato-grossense devem ser 87,2 unidades, o que representa aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“A tecnologia na produção agrícola funciona cada vez mais a favor da sociedade. Com dados em mãos e com o auxílio de modelos preditivos, conseguimos quantificar o impacto que adversidades climáticas podem ter sobre o agronegócio em cada município produtor, criando um apoio estratégico para um dos segmentos mais importantes da economia do país e da vida dos brasileiros”, explica Julia Ghizzi, analista da 4intelligence.
SÃO PAULO 2 x 1 ATHLETICO PARANAENSE
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