O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Paraná registrou o maior número de atendimentos em apenas 11 meses na sua história. De janeiro a novembro de 2024 foram realizadas 1.110.817 de atendimentos, superando o ano anterior, que no mesmo período contava com 1.084.285.
Desde 2022, o Samu cobre 100% do território paranaense, operando por meio de 12 centrais, 282 ambulâncias e seis aeronaves.
Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o fortalecimento da rede de urgência é reflexo de uma política pública consistente e planejada. “Com investimentos estratégicos, conseguimos ampliar o alcance e a qualidade do Samu em todas as regiões do Paraná. Essa rede salva vidas diariamente e é um pilar do sistema de saúde do Estado”, afirmou.
Um dos destaques do ano foi o uso do medicamento tenecteplase, aplicado em casos de infarto agudo do miocárdio no Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Desde 2020, o Paraná é o único estado do Brasil a utilizar o trombolítico antes da hospitalização, um protocolo que já beneficiou mais de mil pacientes. Neste ano, o medicamento, aliado a capacitações regionais, contribuiu para um aumento nos diagnósticos e internações por infarto, com 429 aplicações, resultando em uma redução de 15% nos óbitos pela doença. Em 2023 foram 334 aplicações.
Cada ampola do medicamento custa R$ 7.320,00 e é disponibilizada em 59 ambulâncias de suporte avançado do Samu e em seis aeronaves que atendem urgência no Estado. O medicamento desobstrui a artéria bloqueada, restabelecendo o fluxo sanguíneo e reduzindo os danos ao músculo cardíaco.
Ele alivia a dor no peito e a falta de ar, diminuindo o risco de complicações como insuficiência cardíaca, arritmias e até mesmo óbito. Após a administração, o paciente geralmente apresenta um quadro estabilizado, o que garante melhores condições clínicas até a chegada ao hospital.
SIATE – Com um investimento de R$ 29 milhões, o Estado realizou a maior renovação da frota de ambulâncias já registrada na história do Corpo de Bombeiros do Paraná. Foram entregues 60 veículos, que agora integram a estrutura do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência). Mais espaço para vítimas e socorristas, equipamentos mais modernos e uma comunicação mais eficiente com os hospitais estão entre as características que tornam a nova frota de ambulâncias do Siate do Paraná a mais moderna do Brasil.
Um dos grandes destaques dos novos modelos é a capacidade de transportar, simultaneamente, até duas vítimas em condições ideais de suporte, com macas e aparelhos de oxigênio individuais. Essa característica é essencial para a rotina do Siate, onde o tempo de atendimento é crucial para aumentar as chances de sobrevivência e reduzir possíveis sequelas causadas por acidentes.
“O Corpo de Bombeiros presta um serviço singular à sociedade e essa renovação era necessária. O Estado do Paraná tem se transformado em um modelo de referência para o salvamento de vidas e isso somente é possível graças à política municipalista do Governo do Estado. A determinação do governador Ratinho Junior é levar o atendimento aos 399 municípios de maneira igualitária”, complementa Beto Preto.
AEROMÉDICO – O atendimento aeromédico também contribuiu para o salvamento de vidas em 2024. Com 3.075 operações registradas até novembro, o serviço se consolidou como referência nacional, sendo operado por helicópteros e aeronaves alocadas estrategicamente para atender a demandas de urgência em todo o Estado.
Atualmente, todo o Paraná é coberto por cinco bases aeromédicas, que atuam de forma coordenada e complementar. Em Curitiba ficam alocados dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e um do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas do Paraná (BPMOA), além de um avião da Sesa. Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa contam com um helicóptero cada, contratados pela Sesa junto à empresa Helisul, via licitação.
“Não se trata apenas de quantidade, mas da qualidade do serviço prestado. Os investimentos na saúde pública, especialmente em urgência e emergência, têm um impacto direto na preservação de vidas e na redução de sequelas em pacientes atendidos pelo sistema”, ressalta o secretário da Saúde.
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