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SAMU realiza treinamento para profissionais da Educação Infantil

Nesta
sexta-feira, 02 de setembro, professores e assistentes dos Centros Municipais
de Educação Infantil (CMEIs) receberam um treinamento de primeiros socorros
através do Projeto SAMU/Escola, que é uma parceria entre a Secretaria de
Educação de Ponta Grossa, Consórcio Intermunicipal SAMU Campos Gerais (CIMSAMU)
e Fundação Municipal de Saúde.

Durante a
formação, foram abordados temas como acionamento ao SAMU: como realizar e o que
informar ao atendente; abordagem primária à vítima; manobra de desobstrução de
vias aéreas; parada cardíaca: como identificar, causas e manobra de reanimação;
sangramento ou hemorragia: tipos e como controlar; sangramento nasal: causas e
tratamento; cortes e fraturas: tipos e o que fazer; queimaduras: classificação
e cuidados; convulsões: causas, sinais e recomendações; desmaio: causas,
sintomas e recomendações; e emergências clínicas.

A professora
Manuela Taborda, Assessora Pedagógica da Secretaria de Educação, apresentou aos
colegas um relato pessoal sobre a importância da formação em primeiros
socorros. “Eu faço parte da Rede Municipal desde 2005. Então, naquele ano, uma
das primeiras formações que participei dentro da escola, foi justamente sobre
primeiros-socorros. Eu fiz essa formação, assim como vocês, escutando as mesmas
informações”, conta. 

“Anos depois, em 2013, a minha filha, quando tinha 1 ano e
6 meses, em segundos, num piscar de olhos, sumiu. E onde ela estava?
Infelizmente na piscina, já boiando. Foi então que eu usei tudo que eu aprendi
em uma tarde como essa de hoje”, relata.

“Eu fiz uma
manobra que vocês vão aprender hoje e acredito que aquilo foi essencial para
dar tempo de salvar a vida dela”, afirma. “Enquanto eu reanimava a minha filha,
minha mãe ligou para o SAMU e eu consegui falar com o médico, que me orientou
sobre o que fazer. Mesmo o médico me auxiliando, eu estava desesperada, se não
soubesse como agir, talvez eu não conseguisse ou não entendesse como proceder.
Por mais que o SAMU venha muito rápido, esses segundos fazem a diferença”, diz.
“A manobra para desafogar é muito simples, mas precisamos saber fazer”,
finaliza.

 [RELACIONADAS]

Para Scheila
Mainardes, Diretora do CIMSAMU, a capacitação é relevante para o dia a dia na
escola e também na vida de modo geral. “Alguma pessoa, em algum momento, vai
ter uma situação de urgência com a família, na rua, na escola, e ter esse
conhecimento de como agir em situações de urgência é extremamente importante”,
diz. 

“Queremos estar, na sequência, nas escolas orientando os alunos, para que
também tenham conhecimento sobre o serviço do SAMU e a importância de não
passar trote para o 192 e 193”, conta.

 
            Para Rinaldo Levandoski,
Diretor de Enfermagem do CIMSAMU, a formação oferece segurança aos professores
para agir corretamente no caso de uma emergência. “Os professores capacitados
vão ter mais segurança quando houver um acontecimento desse tipo na escola.
Quando você tem segurança, você sabe o que tem que fazer e faz da melhor
maneira possível”, garante. “Isso salva vidas, com certeza”, defende. “Sem
contar que eles vão poder replicar para os colegas, que não puderam estar aqui
ou que ainda não participaram. Quanto mais pessoas souberem o que é necessário
fazer, facilita na atenção”, acrescenta.

“Há situações em que, até o SAMU
chegar, se a pessoa que está no local conseguir fazer o que deve ser feito, vai
salvar a vida da pessoa, com certeza”, diz. “Pode ser que o que aprendemos hoje
salve uma vida. Se conseguirmos salvar uma única vida, já vai ter valido a
pena”, afirma Levandoski.

Para a Assessora Pedagógica da
Secretaria de Educação, Ana Flávia Bobato a formação é especialmente importante
para este grupo, que está entrando na Rede Municipal agora e atende crianças de
0 a 3 anos. “É fundamental que eles tenham esse conhecimento das práticas de
primeiros socorros, para que estejam preparados e, no momento de emergência,
eles saibam quais atitudes tomar, o que precisam saber e que tenham segurança
em prestar o melhor atendimento em uma situação que a gente não quer que
aconteça, mas que precisamos ter a equipe treinada”, diz.

“Essa faixa de
idade que eles atendem, de 0 a 3 anos, é a que registra a maior parte das
intercorrências, como obstrução de vias aéreas, queimaduras, fraturas, então é
muito importante que os professores estejam preparados para prestar o primeiro
atendimento até o socorro chegar”, explica o socorrista Diogo Emanuel da Silva. 

“A falta de informação é um ponto muito crítico. É necessário saber o que fazer
em cada situação e também como acionar o SAMU, o que informar”, defende. “É uma
via de mão dupla: a vítima ganha, porque recebe o primeiro socorro adequado; e
o serviço, o SAMU, por ter mais informações e enviar o serviço correto para a
ocorrência”, diz.

As assistentes
de Educação Infantil que participaram da formação, Caroline de Oliveira e
Amanda Peiter, destacam a importância dessa formação para a equipe
escolar.  “É muito importante porque
estamos trabalhando com a vida de crianças, de pessoas. É muita
responsabilidade. Precisamos estar preparados para uma situação de emergência,
porque é o bem mais precioso das famílias que está ali”, diz Amanda. 

“É
importante até mesmo para orientar colegas que não puderam fazer o curso e
serve também para a minha vida pessoal, porque tenho um filho pequeno”,
acrescenta Caroline. “Caso ele engasgue, se afogue, eu já tenho em mente como
proceder até o socorro chegar. E também vou saber o que falar ao atendente do
SAMU, e não ficar desesperada, porque a minha fala pode salvar uma vida”, diz.

 

 

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