Lembrei dele. Fazia dias que ele não vinha à minha mente, me visitar. Suas visitas eram mansas, com palavras doces, fala cheia de melodia na voz. Perguntava como eu estava e mandava uma foto. Da janela do pequeno apartamento onde vivia o mundo se agigantava e o sol se recolhia magnânimo. Entretanto, era o raiar do dia que mais ganhava a sua atenção. As manhãs de luminosidade intensa, de raios que chegavam cedo e já arrebatavam o dia. Nas manhãs nascentes ele apontava sua câmera e deixava que o astro rei viesse só para ter a graça de ver as cores se decompondo.
Foi na intensidade deste primeiro setembro longe dele que ele veio me visitar e trazia a inseparável máquina fotográfica. Foi quando pensei: quem empunha uma câmera é movido a saudades, vive a capturar instantes, pessoas, coisas naquele momento eterno do click. É tanta saudade que o coração se antecipa fazendo salvaguardar tudo. E ele guardou os raios nascentes do sol com sua grandeza. Agora, quando o sol vem raiar, também conta um pouco sobre o Raul a lhe contemplar.
(Homenagem a Raul Lagos)
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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