12% da população do Brasil com necessidade de atendimento em
saúde mental. Sendo 6% com transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso
de álcool e outras drogas, e 3% com transtornos mentais severos e persistentes.
Estes dados foram utilizados pela 21ª Regional de Saúde para a escolha da Linha
de Cuidado prioritária do programa PlanificaSUS dentre seus sete municípios de
abrangência. O tema foi objeto de oficina na última semana no município de
Tibagi. “Estamos alinhando o fluxo de trabalho em todos os setores da Rede,
desde atenção primária, secundária e terciária”, explica a diretora do
Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde), Pâmella Costa.
Além dos dados apontados, estudo do Fórum Econômico Mundial
apontou que 53% das pessoas entrevistadas no país sentiu declínio na saúde
mental, após período de pandemia do Coronavírus. “É um tema que merece atenção
constante, e, diferente de outras linhas, deve contar com diversos pontos de
atenção – alheios à saúde -, para monitoramento e encaminhamento”, esclarece a
diretora, citando escolas, igrejas ou centros de convivência. Conforme a
diretora, o sistema atual de saúde não conta com essa “comunicação” entre os
níveis hierárquicos (alta, média e baixa complexidade). Além disso, a oferta é
restrita à capacidade dos serviços, e não às necessidades dos usuários. “Com as
Linhas de Atenção o sistema será alinhado”, prevê.
Este “novo modelo” de Atenção à Saúde, conforme Pâmella,
deve atender um público maior. “A solução está em inovar o processo de
organização do sistema de saúde, e assim produzir impacto positivo nos
indicadores de saúde da população”, considera.
Conforme a secretária municipal de Saúde de Tibagi, Natasha
Dutko, a Saúde Mental requer atualização constante. “O assunto é importantíssimo,
e faz parte do dia a dia das Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, conta. No
município, o treinamento contou com a participação de diversos profissionais.
“Foi excelente. Uma troca de experiências valiosa para alinharmos o fluxo de
atendimento à população”, avalia.
Além do CimSaúde e da Secretaria Municipal, o evento contou
com representantes da 21ª Regional, e dos Centros de Atenção Psicossocial e de
Referência. A organização da Rede, e estudos de caso foram abordados.
“Começamos a estruturação da Rede de Atenção, o alinhamento de fluxos, bem como
a estratificação dos pacientes”, antecipa a enfermeira Isabela Mudri, promotora
de saúde na atenção primária na 21ª Regional.
Após o treinamento, município, Regional, Consórcio e Estado
realizaram a pactuação dos temas abordados. “Em Plenária, pactuamos os fluxos
assistenciais, e estratificação de risco”, finaliza a diretora do CimSaúde,
contando ainda que o treinamento sobre Saúde Mental foi realizado nos sete
municípios da 21ª Regional de Saúde.
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