Não queria sentir o que estava acontecendo. O som me incomodava, ruído do motor forçado em girar a lâmina a romper minha carne cheia de fibras rígidas. Dói ver galhos, folhas e os ninhos de pássaros caírem, que sequer foram avisados. Enquanto tentava me esquivar da fria máquina que aquece suas correias para me decepar, percebi que a imagem era chocante para quem chegasse até à cena. Mas pareceria uma carnificina vegetal, para todos os lados galhos brutalmente sendo decepados e quem ordenou cortar tanto? Sou imóvel, estática, deixo o vento soprar para que meu tronco sinta o frescor da brisa ou a fúria dos ventos, contudo a ira dos homens ainda mais me assusta! Estava viçosa na pujante copa verde, mas alguém não quis minha plenitude corporal. Preferiu me fazer minguar, mirrar, talvez nunca mais o ímpeto de me agigantar. Somos apenas árvores, onde as motosserras vieram atorar… Juro que pensei que tudo em mim era feito para durar e se perpetuar.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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