A nossa equipe de reportagem foi procurada, nesta segunda-feira (08), para denunciar um descaso com cerca de 60 trabalhadoras. De acordo com as funcionárias, a empresa Mai Service, através da Agência do Trabalhador, as contratou de forma definitiva para trabalhar nos serviços gerias, em diferentes escolas de Ponta Grossa, mas a situação atual é diferente.
As trabalhadoras relataram não terem recebido os salários, vale transporte e nem o vale refeição, e foram desligadas com um mês de trabalho em um contrato que se dizia definitivo. “Quando assinamos o contrato, o supervisor disse que seríamos distribuídas pelas escolas, mas depois de um mês fomos demitidas”, afirma Elizete, uma das contratadas pela empresa terceirizada. Durante a tarde de hoje elas se reunião na Prefeitura para pedir por respostas, como forma de mobilização.
Segundo a assessora de base do Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Ponta Grossa e Campos Gerais), Marli de Almeida, cerca de 60 mulheres foram efetivadas pela Mai Service e não foram pagas. “Além do salário combinado, o contrato dizia que as contratantes teriam direito à vale transporte, alimentação e mercado, mas o pagamento não foi feito”, destaca.
De acordo com a terceirizada Jaqueline, a empresa não forneceu equipamentos de trabalho adequado para as funcionárias. “Nós prestamos serviços gerais nas escolas e não recebemos uma bota antiderrapante para piso escorregadio, apenas um jaleco e luvas”, acusa.
Conforme as informações dadas pelas funcionárias, o supervisor da empresa foi procurado, mas não retornou as indagações. As contratadas também buscaram apoio junto a Prefeitura de Ponta Grossa, a qual irá disponibilizar um advogado para cuidar do caso.
“Comecei dia 14 de fevereiro e sai 14 março. Não sabíamos que era só pra um mês, era pra continuar definitivo, não falaram que era temporário”, completa Elizete. Fátima de França Martinelli diretora do Siemaco, conta que tem acompanhado as meninas desde a denúncia, o contrato não tinha prazo de dias, “o sindicato protocolou um oficio junto ao município e a empresa pedindo um prazo para pagamento. Este prazo não foi cumprido”, conta.
Procuramos a Prefeitura de Ponta Grossa para tentar uma resposta sobre o caso, a qual informou prontamente que os pagamentos nos contratos de terceirização são realizados após o pagamento da empresa para os funcionários terceirizados, e não o contrário. E completou “de toda forma, a informação repassada pela empresa para a Secretaria de Educação, gestora do contrato, é de que os pagamentos já foram devidamente realizados pela prestadora de serviços para as funcionárias”.
Entramos em contato com a empresa Mai Service através de e-mail e telefone, mas não tivemos respostas sobre quando as trabalhadoras vão receber os salários e benefícios, e o motivo da demissão repentina. Seguimos no aguardo.
Assista abaixo a reportagem completa:
Reportagem Marcos Silva, com texto de Kauana Neitzel e Rafaela Colman
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