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A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiu nesta quinta-feira (3) manter a decisão da 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa, que determinou que os acusados pelo assassinato da advogada Eloísa Maria Reis Guimarães, morta em março de 2022, sejam julgados pelo Tribunal do Júri.
Segundo os advogados de acusação, Dra. Adriele Andrade e Dr. Fernando Madureira, a decisão representa um passo importante para que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pelo homicídio qualificado que chocou o estado. A advogada foi executada a tiros em uma emboscada, supostamente orquestrada por membros de uma facção criminosa, após ser acusada de repassar informações à polícia sobre um carregamento de drogas em Prudentópolis.
O principal acusado é Luiz Fernando, conhecido como “Gasolina”, apontado como líder da facção criminosa “Oposição”. Ele será julgado por homicídio qualificado, com duas agravantes: motivo torpe e emboscada. Os demais réus, Iana e Carlos, responderão por induzimento ao suicídio qualificado, também com as mesmas qualificadoras.
A Justiça também negou o pedido de liberdade provisória, mantendo todos os envolvidos presos preventivamente. Ainda cabe recurso da decisão.
A execução da advogada ocorreu na noite de 18 de março de 2022, quando ela deixava uma cliente no bairro Contorno, em Ponta Grossa. Um homem armado desceu de um veículo e efetuou diversos disparos contra Eloísa, que morreu ainda no local. A passageira também foi alvejada, mas sobreviveu após ser socorrida.
As investigações da Polícia Civil identificaram o envolvimento de vários criminosos. O veículo usado, um Fiat Mobi branco, foi encontrado carbonizado poucas horas depois, em uma tentativa de apagar provas. Três pessoas estavam no carro no momento da execução, incluindo um adolescente de 16 anos, já conhecido por outros homicídios.
Dois suspeitos do crime já estão mortos: Jhonatan Francisco de Oliveira Pedro, conhecido como “Metralha”, teria sido morto como queima de arquivo; e Matheus Machado de Souza, o “Paraná”, morreu em confronto com a polícia.
A arma usada no assassinato foi apreendida em uma ação contra integrantes da facção e identificada por perícia balística como a mesma usada para matar Eloísa.
O mandante do crime, Luiz Fernando “Gasolina”, foi capturado no Rio de Janeiro, em uma operação conjunta entre as polícias civil do Paraná e do RJ, sendo investigado por diversos homicídios.
Com a decisão do TJPR, os acusados seguem à disposição da Justiça. O processo avança agora para o julgamento pelo Tribunal do Júri, onde deverão responder pelas graves acusações de homicídio qualificado e induzimento ao suicídio qualificado com uso de emboscada. A advogada Dra. Eloísa Guimarães, atuante na área criminal, era conhecida por sua dedicação e comprometimento com a justiça.
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