UPA Santana. Atendimento desumano, abuso de poder e pacientes infectados por covid-19 em ambiente comum

O Portal BnT
Online publicou no último domingo mais uma denúncia envolvendo descasos nos
atendimentos prestados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santana e a
denúncia de que o acompanhante de uma paciente foi expulso pela Guarda Civil
Municipal após cobrar por atendimento à paciente que desmaiou enquanto aguardava.

 Após a
publicação do material foram algumas pessoas que relataram ter presenciado a
atitude dos funcionários da GM e os denunciantes afirmaram o abuso de poder por
parte dos trabalhadores da Guarda.

 “Estão usando de
covardia com o povo, usando guardas mal preparados que usam sua farda para
agredir o povo e se você fizer qualquer coisa ou reclamação eles alegam
desacato e você vai preso. Tá tão feia a coisa q da ate medo de falar, pois
estão todos protegidos pelas autoridades. Aqui não tem Ministério Público”,
desabafou um usuário do sistema de saúde.

• UPA Santana: Homem é expulso pela GM após esposa desmaiar aguardando atendimento

Foram inúmeras as
reclamações e denúncias sobre a falta de atendimento humanizado por parte dos
trabalhadores da área de enfermagem e médica da UPA Santana. Algumas denúncias
relatam que alguns funcionários como médicos e enfermeiras ficam presos aos
aparelhos celulares quando deveriam dar prioridade ao atendimento dos pacientes.

“Eles
ficam só mexendo no celular e conversando nas salas o dia que eu fui eu fiquei
7 horas e não fui atendido, daí dei uma volta olhando e tinha uma sala que com dois
médicos e três médicas ou enfermeiras, todos sentados conversando e mexendo no
celular. Enquanto o povo lá gemendo de dor”, disse um denunciante.

Outro relato foi
realizado pela Flávia Lima, que esteve na UPA Santana no último sábado (6), os
atendimentos realmente demoram, Flávia mencionou ainda o fato de estar com
sintomas de Covid-19 e estar aguardando pelo resultado, porém um funcionário
foi questionado, o mesmo afirmou que nada poderia ser feito e a paciente
deveria aguardar juntamente com os demais pacientes.

“Mas
pra você ser atendido lá leva de 4 a 5 horas. Eu cheguei lá às 2 horas me
atenderam as 18 horas, eu estou com suspeita de Covid-19 e aguardando exames,
quando pela demora questionei um funcionário, ele disse que nada poderia ser
feito, pois os outros locais também estavam lotados e eu teria que aguardar ali
mesmo. Eu estou com muita dor por um problema na vesícula, só fui medicada
porque eu pedi, pois a médica estava me liberando sem medicação”, pontuou.

Outra denuncia
relacionado ao atendimento precário vem da Nilcéia, que relata ter aguardado
aproximadamente por 6 horas, e sua filha acabou testando positivo para
Covid-19, deixando todos os pacientes em risco de contaminação.

“É
pessoal tá feio mesmo as duas UPAs aqui em Ponta Grossa levei minha menina pra
consulta ela não ‘tava’ boa esperei seis horas pra ser atendida, a médica
consultou e disse que era gripe viral dali dois dias levei a menina em outro médico
ele disse ela tá com sintoma de covid. Aí ela fez o teste e deu positivo olha
eu já nem sei mais o que dizer”, relatou a denunciante.

A equipe do
Portal BnT Online entrou em contato com a Prefeitura de Ponta Grossa
solicitando informações se a Fundação Municipal de Saúde (FMS) realiza treinamento
de atendimento humanizado para os pacientes e quais são as prioridades para os
atendimentos.

A assessoria da
prefeitura respondeu através de nota:

A ordenação dos
atendimentos acontece com base nos protocolos do Ministério da Saúde e que
identificam os pacientes de acordo com a complexidade de cada caso, divididos
em cores e tempo de espera, sendo: Azul (até 240 min), verde (até 120 minutos),
amarelo (até 60 minutos), laranja (até 10 minutos) e vermelho (atendimento
imediato).

 

Outro
questionamento foi a respeito do atendimento realizado pela Guarda Municipal no
interior da UPA Santana e se houve um registro oficial da retirada de um
acompanhante que solicitava atendimento médico, porém até o fechamento deste
material a prefeitura não enviou respostas sobre a atitude tomada pelos
profissionais da Guarda Civil Municipal.

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